Connect with us

Mundo

Clínicas de Recuperação em Embu das Artes- SP

Clínicas de Recuperação em Embu das Artes- SP

Conheça a variedade existente de clínicas de recuperação em Embu das Artes- SP e os tipos de tratamento para dependentes químicos, como funcionam e qual é a mais indicada considerando as peculiaridades de cada caso.

Ambulatorial

Trata-se de um tipo de tratamento sem a necessidade de internação, o qual visa cuidar do aspecto cognitivo comportamental, lançando mão de um tratamento multidisciplinar, variando de acordo com a intensidade dos problemas apresentados pelo dependente.

Essa forma de abordagem funciona da seguinte forma: prioriza-se a permanência do indivíduo no meio familiar e social. Junto a isso, ele será acompanhado por uma equipe de profissionais qualificados.

A partir desse acompanhamento, a pessoa acometida pela dependência química passará por terapias que tratarão dos fatores comportamentais, emocionais, neuropsicológicos, fazendo uso de medicamentos e participando de terapia individual ou em grupo.

A abordagem ambulatorial é recomendada quando o nível de intensidade do vício é classificado como leve ou moderado, ou seja, quando a pessoa consegue vencer o desafio da abstinência por intermédio desse tratamento, não sendo preciso se submeter a terapias mais intensas e nem ficar internado.

Desintoxicação feita em hospital especializado

Em regra, a desintoxicação é considerada como a primeira etapa do tratamento do dependente químico. Basicamente, essa modalidade é definida como um processo pelo qual o corpo se liberta das drogas em um ambiente adequado.

É indicada tanto para viciados mais leves quanto para os casos mais graves. Obviamente que, para pessoas cujo o vício é considerado mais elevado e que já fazem uso dessas substâncias nocivas por um tempo considerável, faz-se necessário uma desintoxicação mais estruturada.

Em virtude da complexidade que está ligada ao processo de desintoxicação, é preciso que ele seja realizado em um hospital especializado, o qual tem à disposição uma equipe de profissionais capacitados para atender da melhor forma, farmácia e farmacêuticos 24 horas, laboratório para a realização de exames, carinho de parada, caso seja necessário.

O monitoramento do paciente feito pelo corpo multiprofissional deve ser constante, por causa da imprevisibilidade das reações provenientes dos remédios ministrados, o que pode colocá-lo em risco.

Logo, estando o dependente químico sob os cuidados de um hospital bem estruturado, haverá menos chances de possíveis complicações, haja vista o pronto atendimento e as execuções de medidas adequadas ao caso.

Os programas de desintoxicação são ótimos para os que têm diferentes tipos de dependência de substâncias, como álcool, benzodiazepínicos e vícios de opioides.

É programada para administrar de maneira eficaz a retirada das substâncias químicas consumidas, objetivando amenizar ao máximo os efeitos fisiológicos intensos e perigosos decorrentes da abstinência.

A intenção é realizar a desintoxicação de uma forma mais confortável e segura de acordo com a realidade do paciente e facilitar o processo de transição para outros tratamentos contínuos da dependência, os quais buscam evitar recaídas.

Uma das formas para superar tais consequências funcionais do corpo é por meio do uso de medicamentos substitutos que gerenciam os efeitos da retirada das drogas, os quais são administrados por um médico, seja em um ambiente hospitalar ou ambulatorial. É o que intitulam como desintoxicação médica. 

É necessário destacar que a desintoxicação deve ser aplicada em paralelo com outros tipos de abordagem, porque ela sozinha não é capaz de superar, por exemplo, os problemas psicológicos, sociais e comportamentais provocados pelo abuso de drogas.

Como sabemos, a recuperação em Embu das Artes eficaz deve passar não apenas pela “limpeza do organismo”, mas também pelos aspectos emocionais, de conduta e que envolvem mudanças de hábitos. Nesse sentido, há a figura da desintoxicação social, a qual consiste em oferecer suporte emocional e psicológico.

Comunidades terapêuticas

São entidades privadas, as quais não objetivam lucro. De acordo com informações do Ministério da Justiça, na atualidade há aproximadamente mais de 1.800 comunidades terapêuticas no Brasil.

Algumas têm vínculo contratual com o Governo Federal, mediante a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD). Tais serviços são gratuitos, caso a pessoa utilize de uma das vagas financiadas pela SENAD, vale destacar.

Trata-se de um ambiente para acolhimento de dependentes químicos, os quais precisam estar em um lugar no qual receberão apoio visando a recuperação e reinclusão social do indivíduo.

A convivência é a principal ferramenta terapêutica, isto é, interação entre pessoas com condições semelhantes e que compartilham do mesmo objetivo: livrar-se do vício.

O tratamento também é planejado no intuito de criar na mente do interno na clínica de recuperação uma consciência voltada para a responsabilidade pessoal e social, bem como para uma vida socialmente produtiva, desconstruindo padrões destrutivos de comportamento.

Sabemos que os viciados em drogas perdem a credibilidade, o que dificulta a sua condição como cidadão no meio social. Essa é uma triste realidade. Então, essa abordagem é importante para a recolocação do sujeito na sociedade e para afastá-lo dos influenciadores negativos, como outros viciados e ambientes degradantes. 

No entanto, o Conselho Federal de Medicina (CFM), prescreve o Parecer nº 9/2015, em que médicos só devem indicar internação de pacientes com problemas de drogadição ou doenças mentais, concomitantes ou não, para estabelecimentos assistenciais que ofereçam assistência médica e que disponham de plantonistas, equipes de enfermagem, salas de observação e contenção, carrinho de parada e referenciamento para hospital de apoio, nunca para as comunidades terapêuticas nos casos de internação involuntárias ou compulsórias.  

Moradia assistida

A moradia assistida é uma abordagem terapêutica que objetiva amenizar o isolamento social e proporcionar um ambiente que tem a liberdade como ponto chave da continuidade do tratamento.

Essa espécie de método terapêutico busca inserir o dependente químico em um lugar o mais semelhante possível à uma casa, no qual os pacientes possam conviver com os seus semelhantes nos moldes de uma família, conhecendo uns aos outros e frequentando o meio social normalmente, como ir ao trabalho ou estudar.

É um tipo de retaguarda profissional que o dependente em recuperação tem, que fica sempre em prontidão na ocasião em que surgirem situações causadoras de frustração diante da quebra das expectativas ou responsabilidades não cumpridas.

Os pacientes ou moradores são assistidos por profissionais, os quais têm a missão de prevenir recaídas e recuperar a dignidade do ser humano.

Essa equipe nos tipos de tratamento de dependentes químicos, em geral, é formada por assistente social, terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros e médicos. A formação dos profissionais varia de acordo com o programa adotado.

É importante destacar que tais ambientes são constituídos por regras e deveres repassados claramente para os que ali moram. 

É uma forma de desenvolver nos pacientes a consciência de responsabilidade e noção de convivência coletiva. A premissa é viver em família e cumprir os encargos.

Progressão da dependência química

O corpo e o organismo começam a se acostumar com as doses que o usuário ingere, visto que a maioria das drogas traz um hábito, o que com o tempo, causa uma sensação de insatisfação e diminui o prazer.

O que vai forçar a pessoa a aumentar a dose ou procurar outras drogas para voltar a ter a mesma satisfação. Essa disfunção vai causar um distúrbio no cérebro da pessoa, pois ele vai começar a entender que a droga é a sua única fonte de prazer.

Essa satisfação imediata faz com que o usuário deixe de lado outras atividades que antes eram interessantes, como a socialização, trabalhos, atividades físicas, estudos.

Depois que todas as outras fontes de prazer já não são mais importantes, perdendo o seu significado, um grande perigo pode ser apresentado. O consumo exagerado e sem controle vai aumentar o risco de contrair doenças ou ainda ter uma overdose, dependendo do tipo de substância.

A dependência química faz a pessoa acreditar que está sentindo muito prazer por conta das sensações no cérebro. Assim que o efeito passa, a ansiedade toma conta e a síndrome de abstinência começa a agir.

Conscientização e tratamento

Por conta de todos os fatores que são prejudiciais por conta do uso da droga, é muito importante ter conscientização do que está acontecendo.

O usuário precisa entender os malefícios que a droga traz para a sua vida, percebendo as alterações no organismo, transtornos psicológicos e afastamento das pessoas próximas.

O impacto pode ser sentido em todos ao redor, sejam amigos ou familiares. A alteração na vida do dependente químico é um fator que deve ser levado em consideração para que se possa começar a pensar em alternativas para se tratar.

Os espaços de uma clínica de recuperação são adequados para que o dependente químico encontre o tratamento adequado para a sua necessidade, com a ajuda profissional especializada.

Como solicitar o tratamento involuntário?

Quando a família consegue identificar o usuário de drogas ou alcoólatra, muito provavelmente que o nível da dependência esteja em um grau muito elevado.

Normalmente, com o passar do tempo, este nível de dependência apenas tende a aumentar, colocando em risco a vida do dependente e de todos que vivem a sua volta, principalmente se levarmos em conta que um dependente, quando dominado pelo vício e em uso da substância, não consegue dar um basta no consumo e, em sua maioria, perde o controle de seus atos, noções de realidade, da moralidade ou regras sociais.

O tratamento involuntário se faz necessário e correto para impedir o domínio das drogas ou álcool sobre o dependente, de maneira segura, profissional e eficaz.

Conscientizados da necessidade de intervenção para proteção da vida, não há tempo a perder. Com a incapacidade do dependente de tomar a decisão de aceitar ajuda ou de concretizar um tratamento voluntariamente para obter uma nova vida sem o domínio das drogas ou álcool, cabe aos responsáveis ou familiares a tomada de decisão.

Tratamento Involuntário (também referido pelos patrocinadores como tratamento assistido e por críticos como tratamento forçado), no contexto da medicina, refere-se a um tratamento médico realizado sem o consentimento do paciente. 

Em grande parte dos casos em Embu das Artes, refere-se ao tratamento psiquiátrico administrado a um indivíduo apesar das objeções deste. Estes são normalmente indivíduos que tenham sido diagnosticados com transtorno mental e (nos Estados Unidos) são considerados por um tribunal como um perigo para si ou para outras pessoas.

Este tipo de procedimento salva milhares de vidas todos anos por isso não deixe de ajudar, buscando clínicas de reabilitação de dependentes químicos e alcoólatras, você pode contar com nossa equipe que conta com unidades de recuperação em todo Brasil.

O médico avaliará o procedimento para te direcionar ao SUS onde você vai conseguir aia clínica de recuperação e involuntária gratuita, dentre outras coisas, se o estado mental do paciente oferece risco a si próprio ou a terceiros, a principal prerrogativa para uma internação involuntária.

Um dos problemas é que a avaliação do risco é subjetiva e depende do julgamento do profissional, que muitas vezes colide com a opinião da família.

Não deixe o problema se agravar o Grupo Casoto e as clínicas de recuperação Viva Vida contam com dezenas de clínicas de recuperação espalhadas pelo Brasil, atendendo de modo particular e através de convênio médico.

www.gruponovavida.com.br

Fale via WhatsApp: (11)94797-6909

Continue Reading
Advertisement
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Créditos de Carbono no Brasil: emissões despencam e mercado enfrenta crise

Estudo aponta redução drástica na emissão de créditos e destaca necessidade urgente de reformas para garantir a credibilidade e eficácia do setor

Um estudo recente do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou uma significativa queda no mercado voluntário de carbono no Brasil em 2023. Em comparação com 2021, que foi um ano recorde, o volume de créditos emitidos caiu 89%, e o volume de créditos aposentados diminuiu 44%. O estudo destaca a necessidade de melhorias no mercado para assegurar sua credibilidade e sustentabilidade. André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental e ESG, explica.

“De fato, houve uma redução dentro do mercado brasileiro nas emissões dos créditos. Isso decorre muito de uma expectativa de regulação do mercado de carbono com o PL 2148 de 2015. De fato, a ausência dessa regulamentação leva a uma ausência de credibilidade do nosso crédito, uma ausência de exigibilidade de compensação, desaquecendo o mercado brasileiro do crédito de carbono. Então, isso é prejudicial para esse mercado no Brasil, porque, de fato, a espera de uma regulamentação cria graus de incerteza muito grandes dentro do mercado local.”

O estudo da FGV destaca que, apesar do crescimento inicial do mercado, diversos problemas persistem, comprometendo a credibilidade e a sustentabilidade a longo prazo do mercado voluntário de carbono. Entre os principais desafios, destaca-se a dificuldade em assegurar que os créditos de carbono realmente representem reduções reais, adicionais e permanentes das emissões de gases do efeito estufa. O especialista André Pereira de Morais Garcia explica os desafios do mercado de carbono no Brasil. 

“Um dos grandes desafios é de fato a aprovação do PL 2148 de 2015; e não só a aprovação, como a gente comenta diversas vezes, mas a implementação desse sistema, a integralização desse sistema para que comecem a ser emitidos créditos de carbonos dentro desse mercado regulado. E especialmente não basta só a lei federal ser publicada, mas também um decreto regulamentador estabelecendo as diretrizes básicas e como que vai funcionar tudo isso.”

Projetos de crédito de carbono no Brasil

O estudo da FGV também mostrou uma leve recuperação em 2023, com a emissão de 3,38 milhões de créditos provenientes de pouco mais de dez projetos. No entanto, a distribuição dos projetos foi desigual. As regiões Norte e Nordeste destacaram-se com quatro e três projetos, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Sudeste tiveram dois projetos cada e o Sul teve apenas um.
Além disso, houve uma mudança na composição dos créditos: em 2021, os créditos de energia renovável representavam 29% do total, enquanto os créditos de florestas e uso da terra correspondiam a 65%. Em 2023, os créditos de energia renovável aumentaram para 45%, e os créditos de florestas e uso da terra diminuíram para 41%. 

Além disso, os estados que tradicionalmente eram focados em projetos de florestas e uso da terra, como Mato Grosso, Amapá e Acre, não emitiram mais créditos em 2023. Em contraste, estados como Goiás e Rondônia começaram a ganhar relevância. Os dados também mostram uma redução no número de estados com projetos de créditos de carbono, de dez para cinco. Os estados que eram líderes em emissões de créditos, como Rio Grande do Sul e Piauí, viram uma redução significativa, enquanto a gestão de resíduos, anteriormente ativa em vários estados, agora está restrita a Minas Gerais. 

André Pereira de Morais Garcia, advogado especializado em Ambiental/ESG, destacou a importância e o potencial do mercado de crédito de carbono no Brasil.

“O Brasil tem um potencial de crédito de carbono gigantesco, podendo trazer uma movimentação de bilhões de reais dentro da economia. E, de fato, com a regulamentação do mercado de crédito de carbono aumentando a credibilidade do mercado brasileiro, a gente vai ter uma maior atratividade dos nossos créditos de carbono a níveis internacionais.”

O estudo da FGV aponta para a necessidade urgente de reformas para garantir a eficácia do mercado voluntário de carbono e sua contribuição efetiva para a mitigação das mudanças climáticas.

Mercado de carbono pode gerar US$ 120 bilhões para o Brasil até 2030

Regulamentação do mercado de carbono pode aumentar PIB em 5%, estima CNI

Armazenamento de CO2 pode ajudar no cumprimento das metas de redução de emissões de gases

O que é mercado de carbono

O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão de carbono. Funciona assim: cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera. 

Os mercados de carbono passaram a ganhar mais ênfase em todo o mundo desde a assinatura, por países da Organização das Nações Unidas (ONU), do Protocolo de Kyoto, em 1997. O acordo entre as nações estabeleceu a meta de que países desenvolvidos deveriam diminuir em 5,2% suas emissões de gases que provocam o chamado efeito estufa. A redução deveria ocorrer até 2012. Já em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, as metas foram renovadas e passaram a contar com incentivos à iniciativa privada. 

Pixel Brasil 61

Continue Reading

Mundo

Seis das 10 cidades mais violentas do Brasil em 2023 estão na Bahia

Municípios do Nordeste e do Norte do país dominam ranking daqueles que mais registraram mortes violentas intencionais no ano passado, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Seis das 10 cidades mais violentas do Brasil em 2023 estão na Bahia

Seis dos dez municípios mais violentos do Brasil no ano passado pertencem à Bahia. É o que aponta a edição mais recente do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

O ranking, que considera apenas as cidades com população superior a 100 mil habitantes, é liderado por Santana (AP). O município amapaense registrou taxa de 92,9 mortes violentas intencionais (MVI) a cada 100 mil habitantes, em 2023, quase o dobro em relação a 2022. 

De acordo com o levantamento, as mortes violentas intencionais englobam as vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e de intervenções policiais em serviço e fora de serviço. 

Confira quais foram as 10 cidades mais violentas do Brasil em 2023

Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública/Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)

Causas

Os pesquisadores responsáveis pelo anuário acreditam que há duas principais explicações para as MVI no país. A primeira, está associada às disputas de mercados e pontos de venda de drogas entre as diversas facções de base prisional e milícias que controlam territórios de forma armada e violenta. 

Especialista em segurança pública e inteligência policial, André Santos Pereira aponta que a violência cresce à medida em que se multiplicam as organizações criminosas, abastecidas pelo tráfico internacional de drogas. 

“O Brasil é rota do tráfico internacional da droga produzida na Colômbia, no Peru e na Bolívia. Portanto, nós somos um entreposto dessas mercadorias e, por óbvio, isso passando pelo país, tem alguém que cuida dessa rota e, normalmente, nós temos a fixação dessas organizações criminosas nos presídios brasileiros. Temos 72 organizações de base prisional sendo as “gestoras” dessas atividades ilícitas. A repercussão das ordens delas ocorre na vida do cidadão comum”.

De acordo com o FBSP e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), até 2022, pelo menos dez facções disputavam territórios em terra e na Baía de Todos os Santos, um espaço geográfico estratégico para a logística de transporte, fornecimento e exportação de drogas e armas. Não à toa, municípios ao seu redor, como Salvador e Camaçari, foram aqueles com maior número de tiroteios em 2022, segundo o Instituto Fogo Cruzado. Camaçari é, inclusive, a segunda cidade do Brasil com mais mortes violentas intencionais.  

Segundo o Atlas da Violência, além do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV), a Bahia conta com, pelo menos, mais oito grupos criminosos fundados no próprio estado, que provocaram conflitos letais derivados de rupturas e alianças, como entre o Bonde do Maluco (BDM) e o PCC. 

Para o sociólogo Luiz Lourenço, pesquisador da área de Segurança Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o crescimento econômico experimentado pelas cidades baianas, em especial as do oeste do estado, como Jequié, também atraiu o interesse de facções criminosas. 

“São cidades que têm experimentado um dinamismo econômico e crescido bastante nos últimos anos. Isso ajuda a entender um pouco como elas também se tornam atrativas para mercados criminosos. Onde há dinheiro pode haver tráfico de drogas, receptação de mercadorias. Isso a ajuda a entender porque elas acabam aparecendo como vetores de violência.”

Segurança pública

A segunda razão por trás de tanta violência, de acordo com os pesquisadores, é a falta de efetividade de políticas de segurança pública, que privilegiam o confronto direto em detrimento do trabalho de inteligência policial. O estado da Bahia tem a segunda polícia mais letal do país. Em 2023, as intervenções das forças de segurança foram responsáveis por 1.699 mortes, o que resultou em uma taxa de 12 óbitos para cada 100 mil habitantes. 

“A maneira com que a secretaria de segurança pública, nos últimos 16 anos, tem lidado com essa situação também não contribuiu para que a gente tivesse uma diminuição da violência. Estratégias fortemente militarizadas, com grupos táticos, não contribuíram para o desarmamento das facções, e para que se tornassem menos violentas. Ao contrário, fez com que elas acirrassem uma corrida armamentista, competindo com as forças de segurança pública. Criou-se esse círculo vicioso”, avalia Lourenço. 

Soluções

Segundo Lourenço, a melhor estratégia para enfraquecer o poder das facções é o investimento do poder público em ações que diminuam o poder de influência delas sobre os mais vulneráveis, principalmente os jovens que vivem nas periferias. “O jovem vulnerável, sem opção de lazer, esporte, educação, emprego e renda, é um alvo fácil para ser cooptado pelo mundo do crime, pelas facções”, diz. 

Já Pereira acredita que o policiamento ostensivo é importante, mas que deve ser acompanhado de um trabalho de inteligência das forças de segurança para alcançar os resultados desejados. “É necessário nós adotarmos uma abordagem mais ampla e integrada, que envolva não apenas uma política de policiamento ostensivo, ou seja, o foco naquilo que aparece para a população, deixando de lado, muitas vezes, as medidas de investigação, aquilo que pode trazer a solução de um crime e dar elementos consistentes para que os criminosos sejam levados à prisão e lá permaneçam por meio de uma ação judicial que proporcione resultados efetivos na condenação deles”, avalia. 
 

Pixel Brasil 61

Continue Reading

Mundo

Novo prazo para saque do antigo fundo PIS/Pasep: veja quem tem direito e como evitar fraudes

Com a prorrogação do prazo para o sistema de pagamento, especialista orienta sobre os direitos dos trabalhadores e os cuidados necessários para se proteger contra golpes

Novo prazo para saque do antigo fundo PIS/Pasep: veja quem tem direito e como evitar fraudes

O Ministério da Fazenda informou que uma portaria editada pela pasta no fim de junho adiou, para 28 de outubro, o prazo para a conclusão do sistema de tecnologia da informação que vai operacionalizar os pagamentos das cotas do antigo fundo PIS/Pasep em poder do Tesouro ao trabalhador. O prazo anterior estava fixado em 30 de junho deste ano. A pasta também informou que a Caixa Econômica fará os pagamentos após a conclusão do sistema.

Em junho do ano passado, um chamamento público do Ministério do Trabalho e Emprego estabeleceu que os pedidos de saque após a transferência dos recursos para o Tesouro podem ser feitos nas agências da Caixa. As requisições, no entanto, estão paradas no banco até a conclusão do sistema. Em nota ao portal Brasil 61, o Ministério da Fazenda confirmou o adiamento do prazo. 

“O sistema encontra-se na etapa de desenvolvimento, com prazo limite para finalização em 28 de outubro de 2024. A conclusão não foi adiada. Devido à complexidade envolvida, foi necessário ampliar o prazo para desenvolvimento. O acesso à informação dos valores não foi interrompido e pode ser feito na rede de agências da Caixa Econômica Federal ou nos demais canais disponibilizados por aquela instituição financeira”, informou o ministério.

De acordo com o advogado trabalhista Giovanni Cesar, têm direito ao saque do antigo Fundo PIS/Pasep:

“Reservista da Polícia Militar, aposentado tanto por idade quanto por invalidez, maiores de 60 anos, portadores de neoplastia maligna, todas essas pessoas, todo esse grupo tem direito ao PIS. E alguns trabalhadores também têm direito ao PIS. Então, quem teria como trabalhador direito ao PIS? Tem que estar cadastrado há pelo menos cinco anos, ou seja, ele tem que possuir uma carteira de trabalho há pelo menos cinco anos, receber, em média, até dois salários mínimos e ter trabalhado pelo menos 30 dias no ano base.” explica.

Histórico dos saques

Desde agosto de 2018, aproximadamente 23,8 milhões de brasileiros tiveram a oportunidade de retirar suas cotas do antigo Fundo PIS/Pasep, totalizando R$ 35 bilhões disponíveis para saque nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Em 2019, as regras foram flexibilizadas para permitir que herdeiros de falecidos também pudessem sacar os valores. Em abril de 2020, o governo extinguiu o fundo e transferiu os recursos para as contas do FGTS dos trabalhadores, possibilitando o saque via aplicativo.

Embora o saque tenha começado em 2017 para pessoas acima de 60 anos e se expandido para todos os cotistas em 2018, até agosto do ano passado, 10,5 milhões de trabalhadores e aposentados ainda não haviam retirado R$ 26,3 bilhões dos R$ 35 bilhões disponíveis. Cada cotista tem direito a uma média de R$ 2,4 mil, considerando os valores transferidos e os rendimentos acumulados no FGTS, conforme dados do Conselho Curador do FGTS.

Cuidados com golpes

O advogado trabalhista Giovanni Cesar alerta para os cuidados com golpes e fraudes que podem surgir nesse processo. 

“Hoje, um golpe muito comum é, como as nossas informações estão sempre circulando, têm grandes grupos que enviam uma mensagem por WhatsApp ou por SMS falando, chegou a hora de você levantar o PIS, coloque aqui seus dados, e na verdade é só uma fraude; ele faz o cadastro, acessa o cadastro e saca o PIS no seu lugar. Então, muito cuidado com informação de internet, com repassar dados para terceiro. Se não tiver familiaridade com o aplicativo, eu sugiro ir diretamente na Caixa Econômica Federal para o PIS ou no Banco do Brasil para o Pasep”.

Mesmo com a transferência ao Tesouro, o trabalhador poderá resgatar o recurso em até cinco anos. Em caso de morte do beneficiário, os dependentes e herdeiros têm direito aos recursos. No entanto, a liberação dos saques depende da conclusão do sistema.
 

Pixel Brasil 61

Continue Reading

Destaques