A desoneração das exportações no Brasil é “coisa para inglês ver”, como diz o ditado popular. Embora esteja prevista na legislação, a isenção de tributos sobre as vendas das empresas nacionais para outros países não ocorre, na prática. O problema, no entanto, está com os dias contados, devido à reforma tributária.
O superintendente de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles, explica que a desoneração das exportações fica só na teoria por causa de algumas distorções do atual sistema tributário. A primeira delas é a cumulatividade.
“Ao longo da cadeia produtiva, é muito comum que um fornecedor pague um tributo e a empresa que está comprando desse fornecedor não tem direito a se creditar do imposto que foi pago pelo fornecedor. Isso acontece, por exemplo, no ISS. Então, toda empresa que presta um serviço para uma empresa exportadora, por exemplo, paga o ISS, e a exportadora não tem direito a recuperar esse imposto que foi pago. Por conta desse resíduo tributário, é impossível desonerar de verdade as exportações”, aponta.
Não bastasse a impossibilidade de as empresas exportadoras recuperarem créditos por alguns impostos pagos ao longo da cadeia produtiva, como é o caso do ISS, quando elas comprovam o direito ao ressarcimento, muitas vezes demoram a receber a restituição, diz Telles.
“Por terem o débito, a incidência do imposto zerado nas suas vendas, os exportadores costumam acumular saldos credores, ou seja, o imposto que os seus fornecedores pagaram é maior do que o débito que ele tem nas suas vendas. O que acontece é que os fiscos, seja o federal, seja o dos estados, não restituem esses saldos credores. No momento, nós temos cerca de R$ 50 bilhões em créditos de PIS/Cofins com a Receita Federal para ser devolvido. E as estimativas apontam cerca de R$ 170 bilhões de créditos de ICMS que os estados não devolvem”, diz.
O que muda?
No novo sistema, as exportações serão isentas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — que substitui IPI, PIS e Cofins — e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) — que entra no lugar de ICMS e ISS. Além disso, com a não cumulatividade plena, as empresas brasileiras que vendem para outros países poderão se apropriar e utilizar os créditos dos tributos recolhidos pelos seus fornecedores.
“Todo o imposto pago pelo fornecedor vai dar direito a crédito para o comprador, e tem previsão de devolução dos saldos credores. Na maioria dos casos, em até 75 dias, para as empresas”, explica Telles.
Relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024 na Câmara dos Deptados, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) diz que o novo regime iguala o Brasil à prática recomendada internacionalmente de não tributar as exportações, o que dará ganho de competitividade às empresas brasileiras no mercado exterior.
“O Brasil não vai tributar e vai devolver o crédito. Vai diminuir o custo. Você vai exportar sem imposto e todo o resíduo tributário das cadeias anteriores serão devolvidos. Se a cadeia é curta, [projeta-se] 8% de ganho de produtividade. Se a cadeia é longa, até 16%”, afirma.
Tramitação
Depois de passar pela Câmara dos Deputados, a proposta que detalha como vai funcionar o novo sistema tributário segue para o Senado.
O quilo do frango congelado, também em queda, é negociado a R$ 8,67
Nesta terça-feira (20), o boi gordo está cotado a R$ 302,15 em São Paulo, em queda de 0,15%.
Os quilos dos frangos congelado e resfriado tiveram queda. O congelado vale R$ 8,67 e o resfriado R$ 8,79.
A carcaça suína especial, estável, é cotada a R$ 12,77. O quilo do suíno vivo se manteve estável em Minas Gerais, custando R$ 8,53. No Paraná, em alta, vale R$ 8,22 e em Santa Catarina, também em estabilidade, R$ 8,14.
A saca de 60 quilos de soja custa R$ 127,56 nesta terça-feira (20), em estabilidade no interior do Paraná. No litoral do estado, a commodity sobe 0,14%. Hoje, a saca é negociada a R$ 132,68 em Paranaguá.
O trigo, no Paraná, teve alta de 0,34% e a tonelada custa R$ 1.537,89.
No Rio Grande do Sul, em queda, custa R$ 1.384,27/tonelada.
Nesta terça-feira (20), a saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 2.496,07, registrando alta de 0,91%. O café robusta segue a mesma tendência e sobe 0,60%, cotado a R$ 1.528,48.
O açúcar cristal, em baixa de 1,46%, custa R$ 134,94 na capital paulista. No litoral, em baixa de 0,98%, vale R$ 132,91.
Já a saca de 60 kg do milho fechou em baixa de 0,34% e é negociada a R$ 72,68 para a região de referência de Campinas (SP).
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