HISTÓRIAS EXPORTADORAS: “A floresta em pé pode e deve ser rentável”, diz fundadora da Saboaria Rondônia
Contando com a cooperação de comunidades tradicionais, empresa produz cosméticos que carregam a qualidade e os aromas inconfundíveis da região amazônica. Depois de apoio da ApexBrasil, negócio passou a vender para outros países
Um levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) aponta que iniciativas voltadas à bioeconomia inclusiva podem melhorar a qualidade de vida de 750 mil famílias na Amazônia. Esse potencial impacto positivo foi um dos motivadores para a Saboaria Rondônia, localizada em Ouro Preto do Oeste, no interior do estado, buscar o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Por meio do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), a empresa se capacitou para levar seus cosméticos, que capturam a essência e o aroma da região amazônica, para mercados internacionais. A Saboaria Rondônia deve seu sucesso à cooperação com comunidades indígenas e ribeirinhas, que fornecem os ingredientes essenciais para a produção de seus cosméticos de alta qualidade.
Nesta nova matéria da série de reportagens sobre histórias inspiradoras de empreendedores brasileiros que decidiram exportar seus produtos, conheça a trajetória da administradora e pós-graduada em cosmetologia Mareilde Freire de Almeida.
Empreendedorismo feminino
Embora seja natural de Minas Gerais, foi em Rondônia — onde vive há quase 50 anos — que ela deu início à primeira indústria de cosméticos do estado, gerenciada por mulheres rurais, ainda no ano de 2015. “Eu entendi que a riqueza da nossa biodiversidade pode ser transformada em solução. Inicialmente, eu estendi esse convite às mulheres da minha família, em especial as que estão no contexto rural”, recorda.
Os gargalos logísticos e a precariedade de acesso a serviços simples, como à internet, não impediram que a fabricação de cosméticos com a cara da Amazônia continuasse. “Nós estávamos determinadas a fazer a diferença”.
Por trás de cada xampu, condicionador, creme e outros produtos de beleza há uma mensagem valiosa, diz a fundadora da Saboaria Rondônia. “A gente começou a abordar comunidades ribeirinhas e indígenas e estamos criando a nossa rede de expansão para deixar um legado, fazer com que as pessoas entendam que manter a floresta em pé pode e deve ser rentável.”
Da Amazônia para o mundo
A empreendedora acreditava que exportação era coisa para empresas de grande porte, mas diz que conhecer a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) mudou essa mentalidade.
“A Apex representa para a minha empresa a “ponte” para fazer essa travessia, porque com o know-how e a capacitação que eles conseguem te dar, a gente teve muitas oportunidades e grandes resultados”, afirma Mareilde.
Ela conta que participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) foi importante para adquirir conhecimento e experiência em mercado internacional. Tudo isso contribuiu para que a Saboaria Rondônia conquistasse mercados fora do Brasil.
“Eu mesma me qualifiquei no Peiex e a partir dali as portas começaram a ser abertas. A gente começou a participar de eventos a convite da Apex e, com essa visibilidade e toda essa capacitação, as coisas foram acontecendo. As pessoas tomaram conhecimento da Saboaria Rondônia — e aí a gente foi tecendo essas pontes para o alcance de novos horizontes. A Apex é de suma importância”, declara.
Peiex
Presente em todas as regiões do país, o Peiex orienta os empresários que desejam exportar seus produtos. Os interessados podem entrar em contato com os respectivos núcleos operacionais da ApexBrasil em cada estado do país e assinar um termo de adesão ao programa.
O atendimento às empresas por meio do programa é gratuito. Basta ao empresário estar disposto a dedicar tempo e a investir na melhoria do seu negócio. O diagnóstico do que a empresa precisa melhorar para acessar o mercado exterior dura aproximadamente 38 horas. O empreendedor recebe um plano de exportação com orientações para internacionalizar sua marca.
Segundo a ApexBrasil, entre 2021 e 2023, o Peiex atendeu 5.334 empresas. Destas, 827 já estão exportando e faturaram, no período, US$ 3,16 bilhões. Para mais informações, acesse: www.apexbrasil.com.br.
O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) será um tributo de gestão compartilhada entre União, estados e municípios
Índice
Com a chegada do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) prevista para o próximo ano, os municípios precisam começar a se organizar para não perder participação na arrecadação dos novos tributos. A orientação é do Conselho Técnico das Administrações Tributárias (CTAT), que divulgou a Nota Técnica nº 4/2025 com recomendações práticas às prefeituras.
O documento foi elaborado com o apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e traz diretrizes para que as gestões municipais melhorem a forma como acompanham e fiscalizam os tributos locais, garantindo uma participação mais justa na divisão do IBS, especialmente durante o período de transição.
Criado pela Reforma Tributária (EC 132/23), o IBS será um imposto de gestão compartilhada entre União, estados e municípios. Ele começa a ser testado em 2026, com uma alíquota simbólica de 0,1%, e só em 2033 deve substituir por completo os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal).
Durante o período de transição, entre 2029 e 2077, a arrecadação será dividida parcialmente entre o local onde o serviço ou produto foi consumido e o “coeficiente de participação” de cada governo local — um cálculo que levará em conta a eficiência e estrutura da administração tributária de cada ente federativo.
Distribuição e fiscalização: o que os municípios precisam saber
Segundo a Nota Técnica, a distribuição da arrecadação do novo imposto será organizada por um Comitê Gestor do IBS (CG-IBS). Caberá a esse grupo definir como os valores serão repassados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, incluindo prazos, fórmulas de cálculo e os chamados coeficientes de participação.
A CNM alerta que é essencial que os municípios mantenham cadastros atualizados, ampliem a fiscalização de tributos locais e acompanhem de perto seus contribuintes. Também é recomendado o uso eficiente da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica e que as prefeituras organizem bem seus processos de cobrança administrativa e judicial de dívidas tributárias.
Participação plena, só em 2078
De acordo com o documento técnico, apenas a partir de 2078 a arrecadação do IBS será totalmente destinada ao município ou estado onde o bem ou serviço foi efetivamente consumido.
Por isso, o CTAT reforça que, quanto mais cedo os municípios se prepararem, melhor será sua fatia na arrecadação futura. A nota traz orientações claras para que os gestores possam tomar medidas práticas agora, garantindo ganhos a longo prazo.
A Nota Técnica 4/2025 está disponível no portal da CNM com todos os detalhes e explicações.
Nesta quinta-feira (1), a saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 2.616,02 em São Paulo, registrando queda de 1,84%. O café robusta segue a mesma tendência e cai 0,71%, cotado a R$ 1.702,68.
O açúcar cristal, em alta de 0,76%, custa R$ 143,92 na capital paulista. No litoral, em queda de 0,90%, vale R$ 130,79.
Já a saca de 60 kg do milho fechou em baixa de 0,30% e é negociada a R$ 80,13 para a região de referência de Campinas (SP).
Nesta quinta-feira (1), o boi gordo está cotado a R$ 318,85 em São Paulo, em queda de 0,33%.
Os quilos dos frangos congelado e resfriado tiveram queda. O congelado vale R$ 8,58 e o resfriado R$ 8,68.
A carcaça suína especial, estável, custa R$ 12,87. O quilo do suíno vivo se manteve estável em Minas Gerais, onde custa R$ 8,54. No Paraná e em Santa Catarina, também em estabilidade, vale R$ 8,24 e R$ 8,13 respectivamente.
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