Escasso, raro, valioso. Características atribuídas ao metal mais valorizado do mundo — o ouro. Mas são adjetivos que também podem ser atribuídos à moeda digital mais antiga do mercado — o Bitcoin — cujo apelido traz a referência: “ouro digital”. Fato é que ambos são usados como referência mundial de negociação, um há milênios, outro ainda dando seus primeiros passos.
Em seu canal numa plataforma de vídeos da internet, o especialista de investimentos Bernardo Pascowitch, do Banco Inter, explica o que faz do Bitcoin raro.
“Assim como o ouro, o Bitcoin também é limitado em quantidade — 21 milhões de unidades de Bitcoin. E ambos são buscados como uma proteção contra a inflação e contra a perda de valor do dinheiro. Uma das razões para essa comparação é que o Bitcoin, assim como o ouro, é visto como uma reserva de valor”, explica o especialista.
Por outro lado, os comerciantes do metal ponderam. Maurício Gaioti é especialista em comércio do ouro e afirma que “as coisas se provam com o tempo”.
“O metal teve validação desde os Sumérios, império romano, astecas. Falando mais dos dias de hoje, os governos atuais ainda utilizam o metal como reserva de valor. E com o Bitcoin, ainda temos que observar.”
O especialista também acredita na valorização do ativo e ainda elenca outras características. “É uma moeda já aceita a nível internacional, com tem grandes fundos investindo.”
Mas, seguindo a cartilha do bom investidor, Gaioti complementa. “É um ativo, um ativo para compor a carteira.”
Segurança
Com o passar dos séculos o ouro se provou confiável, uma reserva segura. Para o investidor e comerciante do ouro, Mauricio Gaioti, a moeda digital ainda precisa se provar, mas ele adianta:
“Apesar de sim, achar que ele tem um formato bem aceito, não vejo no mesmo nível de segurança. Em crises, em guerras, situações mais profundas, o que a gente vê é o Bitcoin despencando. Diferentemente do ouro, que sobe nestes momentos.”
Dado o cenário internacional, as políticas norte-americanas de apoio à cripto — conforme ventilado pelo novo presidente dos Estados Unidos Donald Trump — Gaioti acredita que, a médio prazo, nos próximos dez anos, a tendência é sim, de valorização do Bitcoin, mas o investidor reitera.
“Mas não está nem perto de chegar naquilo que o ouro representa na cultura econômica dos países.”
Autoridades também comparam
Em defesa da moeda americana, o presidente do Federal Reserve — equivalente ao Banco Central do Brasil — Jerome Powell, disse em entrevista no fim de 2024 que o bitcoin seria um “concorrente do ouro, não do dólar”, também comparando os dois ativos.
“Ele [Bitcoin] é como o ouro, mas a diferença é que é virtual, digital. As pessoas não estão usando ele como uma forma de pagamento ou como uma reserva de valor. Ele é altamente volátil. Ele não é um concorrente do dólar, na verdade ele é um concorrente do ouro”, disse Powell.
Na ocasião, o presidente do FED ainda ressaltou o caráter majoritariamente especulativo da criptomoeda, o que dificultaria seu uso como uma moeda efetiva.
Especulativo ou não, fato é que a valorização vem acontecendo. Em novembro de 2024, durante as eleições de Donald Trump, o Bitcoin era cotado em torno de U$ 68 mil. Após a vitória do democrata, bateu os U$ 105 mil. Desde então, ela vem oscilando entre U$ 90 mil e U$ 109 mil. Até o fechamento desta edição, o valor de um Bitcoin era de U$ 100 mil.
Dólar: moeda encerra o último pregão em queda, com mercado atento a resultados da Nvidia
Moeda americana recuou 0,26%, negociada a R$ 5,32, em dia de baixa volatilidade e poucas referências econômicas
Índice
O dólar encerrou o último pregão em queda, influenciado pela expectativa do mercado em relação aos resultados do terceiro trimestre da Nvidia, que serão divulgados nesta quarta-feira (19). A moeda norte-americana recuou 0,26%, fechando negociada a R$ 5,32.
Segundo especialistas, o movimento ocorreu em um dia de baixa volatilidade, marcado por poucos eventos e ausência de novos indicadores relevantes. A falta de dados atualizados do governo dos Estados Unidos também limitou um direcionamento mais claro para os investidores.
Cotação do euro
Já o euro encerrou o último pregão cotado a R$ 6,16.
Cotações
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
Ibovespa fecha em baixa com pressão externa e clima global de aversão ao risco
Índice recuou 0,16%, a 156.522 pontos, com pressão do setor financeiro e cautela no exterior
Índice
O Ibovespa encerrou o último pregão em queda, refletindo um cenário externo marcado pela aversão ao risco. Segundo especialistas, o clima global foi dominado por preocupações com o desempenho das empresas de tecnologia e pela expectativa de retomada da divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos.
No Brasil, o setor financeiro exerceu forte pressão negativa sobre o índice, após a liquidação extrajudicial do Banco Master e repercussões no mercado.
O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,16%, fechando aos 156.522,13 pontos, após oscilar entre a mínima de 155.833,67 e a máxima de 157.039,89 ao longo da sessão.
Maiores altas e quedas do Ibovespa
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Cogna Educacao S.A. (COGN3): +9,94%
Marcopolo SA (POMO3): +9,00%
Ações em queda no Ibovespa
Sao Paulo Turismo SA (AHEB3): −15,27%
Oncoclinicas do Brasil Servicos Medicos SA (ONCO3): −13,53%
O volume total negociado na B3 foi de R$ R$ 24.005.472.039, em meio a 3.902.457 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O que é o Ibovespa e como ele funciona?
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
AgriZone mostra força da ciência e da sustentabilidade na agropecuária brasileira
Ministro Carlos Fávaro visita espaço que reúne soluções de baixo impacto ambiental e reforça o papel da tecnologia no campo
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou nesta segunda-feira (17) o papel central da ciência, da tecnologia e da responsabilidade ambiental no desenvolvimento da agropecuária brasileira. A declaração foi feita durante visita à AgriZone – a Casa da Agricultura Sustentável – instalada na Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA), dentro da programação da COP30.
Fruto de parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Embrapa e outras instituições, a AgriZone reúne soluções tecnológicas e práticas produtivas voltadas à conservação ambiental, mostrando caminhos possíveis para ampliar a produção sem abrir mão da sustentabilidade.
Recebido pela presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o ministro realizou reuniões, concedeu entrevistas e percorreu as vitrines tecnológicas e painéis da AgriZone, que exibem experiências sobre o uso sustentável do solo e sistemas produtivos inovadores. Para Fávaro, o ambiente simboliza o compromisso do Brasil em mostrar ao mundo o equilíbrio entre produtividade e preservação.
“Aqui é uma oportunidade para lembrar que a ciência e a tecnologia ajudaram o nosso país a construir uma grande diferença na agropecuária”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil mantém forte presença no comércio global de alimentos, fibras e energia de base biológica, com quase 500 novos mercados abertos. “Isso mostra uma boa diplomacia brasileira, buscada pelo presidente Lula, e abre oportunidades comerciais para a agropecuária, mesmo em um cenário global desafiador”, destacou.
Ao longo da visita, Fávaro reforçou a mensagem de que o modelo agrícola brasileiro é compatível com a conservação ambiental. “Não há divergência entre produzir e preservar. O clima é um aliado do produtor rural brasileiro, e as vitrines da AgriZone mostram isso”, declarou. Segundo ele, o país tem condições de aumentar a produção sem necessidade de abrir novas áreas. “O Brasil não precisa avançar sobre a floresta para continuar crescendo. Temos programas de recuperação de áreas degradadas e um marco legal executado com rigor.”
O ministro também relacionou as iniciativas da AgriZone à busca global por financiamento climático. “Apresentamos nossos programas para o futuro sempre com o objetivo de captar recursos internacionais para recuperar áreas degradadas, investir em agricultura familiar, bioinsumos e modernização. A Embrapa pode ampliar suas pesquisas e disseminar conhecimento para o mundo tropical”, observou.
Questionado sobre o papel do agronegócio nas negociações climáticas internacionais, Fávaro foi enfático: “O agro não vem à COP buscar protagonismo. Vem mostrar ao mundo o modelo produtivo da agropecuária brasileira e desmistificar essa visão equivocada. A imensa maioria dos produtores segue boas práticas, tem responsabilidade ambiental e social.”
Para o ministro, a presença do Mapa na AgriZone durante a COP30 confirma que o setor agropecuário brasileiro caminha lado a lado com a legislação ambiental e com a ciência. “É um grande momento. Vamos demonstrar esse arranjo produtivo brasileiro e para onde queremos avançar”, concluiu.
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