Banco da Amazônia premia 27 projetos de bioeconomia com apoio do Edital AMABIO
O Edital, fruto da cooperação entre Brasil e França por meio do Programa Amabio, investe quase R$ 4 milhões em projetos sustentáveis na região amazônica. A entrega dos certificados aos vencedores foi realizada em cerimônia em Manaus.
O Brasil e a França celebraram, nesta segunda-feira (27), em Manaus (AM), os resultados da primeira chamada pública do Edital AMABIO. A iniciativa selecionou 27 projetos inovadores em cinco estados da Amazônia Legal, somando quase R$ 4 milhões em investimentos voltados à bioeconomia e ao fortalecimento de comunidades locais.
O Edital integra o Programa AMABIO – Financiamento Sustentável e Inclusivo da Bioeconomia Amazônica, uma iniciativa de cooperação franco-brasileira, financiada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e implementada pela Expertise France, em parceria com o Banco da Amazônia.
Carlos Henrique Salvador, superintendente regional de Varejo do Banco da Amazônia, participou da cerimônia e destacou o papel da instituição na promoção da bioeconomia na região. “Essa parceria com a AFD beneficia projetos de bioeconomia. O Banco da Amazônia também desenvolve diversas ações voltadas para a bioeconomia e a biodiversidade, incentivando a preservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, afirmou.
Edital Amabio
O Edital Amabio, lançado em junho, recebeu mais de 500 propostas de empreendedores, cooperativas e associações dos estados do Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Acre. Os projetos selecionados apresentam soluções sustentáveis que unem inovação, geração de renda e valorização dos saberes tradicionais da floresta.
Distribuição dos projetos selecionados por estado:
Estado
Projetos contemplados
Pará (PA)
8
Amazonas (AM)
9
Amapá (AP)
6
Maranhão (MA)
3
Acre (AC)
1
Total
27 projetos
Também em Manaus, nos dias 25 e 26, ocorreu o I Encontro do Edital AMABIO, que reuniu representantes dos projetos selecionados. Para Edane Acioli, coordenadora do programa pela AFD, o evento marcou o início da execução das iniciativas. “Dialogamos com cada organização contemplada e pudemos compreender melhor os detalhes de implementação dos projetos. Esse momento representou um marco na parceria com o Banco da Amazônia”, destacou.
Um dos projetos premiados é o da Apoena Agroindústria, liderada por Onésimo Maurilo, em Tefé (AM). A iniciativa cria uma unidade piloto de beneficiamento do pirarucu, com capacidade inicial de cinco toneladas, que utiliza tecnologia social para o aproveitamento integral do peixe — incluindo a pele —, agregando valor ao produto e gerando novas oportunidades econômicas para famílias ribeirinhas.
Segundo Onésimo Maurilo, o apoio do AMABIO e do Banco da Amazônia será fundamental para consolidar o projeto. “Eu e minha esposa somos sócios e somos clientes do Banco da Amazônia. É um banco de investimento, um banco de desenvolvimento. Foi fantástico o nosso encontro e a projeção. Quando a gente soube do AMABIO e soubemos da participação do Banco da Amazônia, foi incrível, queríamos fazer parte e estamos muito agradecidos”.
AMABIO: confira os selecionados
Proponente
Objetivo do Projeto
Estado
APOENA Agroindústria e Comércio de Produtos Agrícolas e Silvestres da Amazônia Ltda.
A startup visa implementar uma unidade piloto para o beneficiamento do pirarucu, com aproveitamento integral da pele, agregando valor.
AM
Associação das Comunidades da Reserva Extrativista Renascer (Associação Guatamuru)
Restauração ecológica e produtiva de áreas da Resex, como ajuste ao plano de manejo e recuperação do fogo de 2024.
PA
Associação das Mulheres Produtoras Agroextrativistas da Foz do Rio Mazagão Velho (AMPAFOZ)
Estruturar biofábrica comunitária para polpas, óleos e nibs de cacau, com energia solar e protagonismo feminino.
AP
Associação de Moradores Agricultores e Assentados do Inajá do Piririm (AMAIP)
Formar agricultores para manejo sustentável e implantação de SAFs, inserindo famílias na OCS e promovendo comercialização de orgânicos.
AP
Associação de Moradores da Localidade de Cajueiro (AMLC)
Inserção da cajuína artesanal nos mercados local e estadual, com estratégia de comercialização, promoção e qualificação dos produtores.
MA
Associação de Moradores e Produtores Reserva Agroextrativista do Baixo Cajari (AMPRAEX)
Implementação de SAFs e reaproveitamento de resíduos (cascas, sementes, bagaços) em bioinsumos, cosméticos e artesanato na Resex do Baixo Cajari.
AP
Associação de Moradores Extrativistas da Comunidade São Raimundo (AMECSARA)
Fortalecimento da marchetaria como prática comunitária de uso de resíduos da madeira, para a geração de renda.
AM
Associação de Moradores Remanescentes Quilombolas de Rumo (AMRQR)
Instalar casa de farinha mecanizada em comunidade quilombola para modernizar a produção e ampliar a renda.
MA
Associação de Moradores, Trabalhadores, Agroextrativista, Artesão e Pescadores da Comunidade de Caranazal Eixo Forte (ACC)
Turismo sustentável, qualificação profissional de jovens e mulheres, valorização da cultura indígena e inclusão digital.
PA
Associação de Produtores e Produtoras Rurais da Comunidade de Campo Limpo (APROCAMP)
Inclusão digital para fortalecimento da associação, gestão produtiva e impulsionamento do turismo comunitário com demonstração do papel da bioeconomia local.
PA
Associação dos Agroextrativistas da Reserva Extrativista de Canutama (ASARC)
Capacitações, equipamentos e estruturação das bases de vigilância dos lagos sob manejo sustentável de pirarucu na Resex Canutama.
AM
Associação dos Moradores e Usuários da RDSM Antônio Martins (AMURMAM)
Aplicação de técnicas consolidadas de pesquisa, com equipamentos e treinamento, para o manejo sustentável do pirarucu em diversos lagos.
AM
Associação dos Produtores e Moradores da Aldeia Indígena KUMENÊ
Projeto emergencial na Aldeia Indígena Kumenê, das famílias Palikur, para fortalecer a cadeia agroecológica do açaí em resposta à praga da mandioca.
AP
Associação dos Produtores e Produtoras Rurais Extrativistas da RESEX Arapixi (APREA)
Fortalecimento da associação da Resex Arapixi, atendendo suas 200 famílias, com centro comunitário, equipamento de internet, capacitações e drones para vigilância do território.
AM
Associação dos Produtores Rurais da Colônia Alto Coraci (APRAC)
Implantação de 1 ha demonstrativo de SAF com aquisição de equipamentos e capacitação para produção e gestão comunitária sustentável.
PA
Associação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Lago do Babaçu – Rio Arari (ASTA)
Turismo sustentável a partir da conservação de quelônios.
AM
Associação Uasei dos Povos Indígenas de Oiapoque (UASEI)
Aquisição de sistema de energia solar e 2 freezers para garantir a qualidade da produção de açaí na Terra Indígena Uaçá, como modelo de energia comunitária limpa, fortalecendo a cadeia e a associação.
AP
Associação Viva Verde da Amazônia (AVIVE)
Fortalecimento da agroindústria para produção sustentável de óleos vegetais da sociobiodiversidade (andiroba, copaíba e tucumã), fruto de associação de mulheres.
AM
Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta (TURIARTE)
Fortalecimento do artesanato de palha de tucumã por mulheres, com estufa para secagem e viveiros para cultivo das espécies para tingimento.
PA
Cooperativa dos Agricultores Familiares do Amapá (COAGROFAP)
Projeto para equipar o escritório da cooperativa.
AP
Cooperativa Sapó dos Produtores Agroflorestais de Maués do Rio Urupadi (COOPERSAPÓ)
Cooperativa liderada por mulheres quer consolidar a 1ª agroindústria local para beneficiar guaraná e outros produtos, promovendo renda, autonomia feminina e diversificação produtiva.
AM
Instituto de Assistência Social e Educacional Apoema (IASEA)
Fortalecimento e organização comunitária de 30 mulheres ribeirinhas (50% jovens) da Ilha do Combu.
PA
Instituto Fronteiras
Recuperar áreas degradadas e implantar SAFs para agricultores familiares do PA Santa Luzia.
AC
Instituto Muda Meu Pará
Apoiar o reflorestamento produtivo com cacau nativo e sistemas agroflorestais (SAF) na Terra Indígena Koatinemo, aldeia Kwatinema.
PA
Instituto Vitória Régia
Criação de rede de organizações que trabalham com óleos e sementes e apoio à regularização fundiária e produtiva.
PA
Tefé Peixes Ornamentais da Amazônia
Regularização de pescadores, implementos de pesca e treinamento para estruturar a cadeia de peixes ornamentais no lago homônimo na RDS Amanã.
AM
Thermosonic
Produção de superalimento à base de bacuri, com capacitação e política de compra comunitária.
Juros altos dificultam crescimento da indústria e reduzem renda das famílias
Quase 40% dos empresários da construção e 27% da indústria da transformação apontam o crédito caro como principal entrave ao crescimento
Índice
A taxa básica de juros em 15% ao ano tem imposto um peso significativo sobre o desempenho da indústria brasileira. Representantes do setor alertam que o custo elevado do crédito tem dificultado o funcionamento das empresas, comprometendo a geração de empregos e agravando a perda de renda das famílias.
Mas como, na prática, os juros altos afetam a indústria? O presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr., explica que, como muitas empresas dependem de financiamento para capital de giro e investimentos, a elevação das taxas encarece o crédito e torna inviável a modernização e a ampliação da produção.
Segundo ele, o resultado é a retração dos investimentos, com projetos de expansão sendo adiados ou cancelados. Para Oliveira, esse cenário prejudica políticas de inovação e reduz a competitividade do setor, impactando principalmente as pequenas indústrias.
“Com relação também à pressão sobre pequenas indústrias, elas, sem dúvida alguma, se mostram com mais dificuldades em obter novos financiamentos, novos créditos. Isso eleva o efeito em cadeia. Os juros altos aumentam custos operacionais, reduzem a margem de lucro e limitam a geração de emprego”, destaca.
Como consequência desse cenário, Carlos Eduardo Oliveira Jr. destaca a redução do número de empregos e da renda, a retração da indústria e os impactos negativos nas cadeias produtivas, assim como nos setores de Comércio e Serviços. “Haverá perda de competitividade, produtos nacionais ficam mais caros, aumentando a participação de importados e fragilizando a balança comercial”, complementa.
Dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam que, no 3° trimestre de 2025, 27% dos empresários que atuam na Indústria da Transformação consideraram os juros elevados como um dos maiores entraves para o segmento.
Na Indústria da Construção, o impacto é ainda mais perceptível: 35,9% dos empresários consideram os juros elevados um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do setor.
Outras barreiras citadas por representantes das indústrias da transformação e da construção:
Indústria da transformação
Elevada carga tributária (40,6%);
Taxa de juros elevada (27%);
Demanda interna insuficiente (26,4%);
Falta ou alto custo de trabalhador qualificado (26,1%);
Falta ou alto custo de mão de obra não qualificada (22,2%);
Falta ou alto custo de trabalhador qualificado (21,4%).
A especialista em Políticas e Indústria da CNI, Larissa Nocko, pontua que, devido ao atual patamar dos juros no país, as empresas ligadas à indústria são afetadas de maneiras distintas, atingindo o setor em vários aspectos.
“Por exemplo, quando os industriais se queixam da sua situação financeira, da dificuldade de acesso ao crédito, são formas diferentes pelas quais as taxas de juros afetam o seu negócio. Então, o afetam tanto encarecendo e reduzindo a quantidade de crédito disponível no mercado, como também pelo outro canal, que é pelo mercado consumidor mais enfraquecido, pela demanda interna insuficiente, que também é um problema que vem sendo sinalizado pelos industriais”, afirma.
Baixo desempenho reflete na queda da confiança de empresários da Indústria
Em outubro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) das empresas de pequeno porte atingiu 46,7 pontos. Com o resultado, o indicador ficou abaixo dos 50 pontos pelo 11° mês consecutivo, indicando tendência de falta de confiança desses empresários.
Para se ter uma ideia do cenário regressivo, em outubro de 2024, o ICEI da pequena indústria chegou a 51,9 pontos – nível que representa confiança no setor.
O índice de perspectivas das indústrias de pequeno porte, por sua vez – que mede as expectativas dos empresários para o nível de atividade, emprego e investimento – fechou outubro de 2025 em 46,8 pontos. No mesmo mês do ano passado, o indicador havia registrado 49,8 pontos.
Ibovespa fecha em alta e renova recorde acima dos 150 mil pontos
Alta reflete otimismo dos investidores com cenário externo e expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos
Índice
O Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 0,61%, aos 150.454 pontos, marcando o sexto recorde consecutivo do principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo.
O desempenho positivo foi impulsionado por um ambiente internacional mais favorável, com expectativas de redução dos juros nos Estados Unidos e valorização das bolsas globais. No cenário interno, ações de bancos, empresas de commodities e grandes companhias ajudaram a sustentar a alta.
O resultado reforça o otimismo dos investidores e o bom momento do mercado acionário brasileiro, que mantém o ritmo de ganhos e consolida o Ibovespa em novo patamar histórico.
Maiores altas e quedas do Ibovespa
Confira as ações com melhor e pior desempenho no último fechamento:
Ações em alta no Ibovespa
Panatlantica S.A. (PATI3): +9,09%
Unipar Carbocloro SA Pfd Class A (UNIP5): +7,46%
Ações em queda no Ibovespa
Bioma Educacao SA (BIED3): −5,49%
Light S.A. (LIGT3): −5,32%
O volume total negociado na B3 foi de R$ 25.032.992.115, em meio a 3.015.753 negócios.
Os dados da bolsa podem ser consultados no site da B3.
O que é o Ibovespa e como ele funciona?
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do mercado acionário brasileiro. Calculado pela B3, ele reflete a média do desempenho das ações mais negociadas na bolsa, com base em critérios de volume e liquidez. O índice é composto por uma carteira teórica de ativos, que representa cerca de 80% do volume financeiro total negociado no mercado.
O que é a B3, a bolsa de valores do Brasil?
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. É responsável pela negociação de ações, derivativos, títulos públicos e privados, câmbio e outros ativos financeiros. A B3 está entre as maiores bolsas do mundo em infraestrutura e valor de mercado.
Moeda americana subiu 0,77% com movimento global de cautela e incertezas sobre os juros nos Estados Unidos
Índice
O dólar encerrou o último pregão em alta de 0,77%, cotado a R$ 5,39. A valorização foi influenciada por um movimento global de aversão ao risco, após sinais de desconfiança em relação ao desempenho recente das ações nos Estados Unidos.
A busca por títulos do Tesouro americano, considerados investimentos mais seguros, aumentou e pressionou as moedas de países emergentes, incluindo o real.
O cenário reflete as dúvidas sobre a possibilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve ainda neste ano, o que mantém os investidores cautelosos e favorece o fortalecimento da moeda americana frente ao real.
Cotação do euro
Já o euro encerrou o último pregão cotado a R$ 6,19.
Cotações
A tabela abaixo mostra as cotações cruzadas entre as principais moedas internacionais e o real. Cada célula indica quanto vale 1 unidade da moeda da linha em relação à moeda da coluna.
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