Gasto Brasil: nova plataforma ajuda empresários e cidadãos a fiscalizar uso do dinheiro público
Para a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba (Aciu) — que reúne mais de 1.200 empresas do Triângulo Mineiro — ferramenta será aliada na luta por uma administração pública mais eficiente
O dinheiro público não para de circular. Como os ponteiros de um relógio que giram sem descanso, os gastos do Estado seguem seu curso incessante, financiando desde salários até obras de infraestrutura. Mas será que sabemos exatamente para onde vão esses recursos? E quem os fiscaliza de fato?
Para ajudar a responder essas perguntas, a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) lançou o Gasto Brasil, uma plataforma online que permite o acompanhamento em tempo real dos gastos primários do governo em todas as esferas — federal, estadual e municipal — além do Banco Central.
Alimentado com dados oficiais do Tesouro Nacional, o sistema oferece à sociedade civil uma ferramenta concreta de controle e transparência.
“O Gasto Brasil é mais que uma ferramenta de monitoramento”, afirma Alfredo Cotait, presidente da CACB. “Há um desequilíbrio. Se gastássemos apenas o que arrecadamos, não teríamos inflação e a taxa de juros seria de 2,33%. Assim como o Impostômetro foi um processo educativo, o Gasto Brasil também será mais um processo educativo para mostrar à sociedade que ela precisa participar e se manifestar. Nós estamos deixando uma conta muito cara para o futuro”, alerta.
A plataforma detalha despesas públicas por categoria — como folha de pagamento, previdência e investimentos — e por localidade, permitindo que empresários, gestores públicos, imprensa e cidadãos acompanhem os gastos em suas próprias cidades e estados. Trata-se de uma forma acessível de entender o impacto direto dessas despesas na vida cotidiana e no ambiente de negócios.
“A nossa carga, principalmente enquanto empresários, é uma carga extremamente pesada. As empresas estão oneradas nesse país e, enquanto isso, a gente está cobrando, também — através desse gastômetro — providências mais enérgicas de uma reforma administrativa séria, eficiente, que possa nos conduzir a um patamar de país em desenvolvimento e não de um país que, supostamente, está se desenvolvendo”, ressalta Lídia.
Com mais de um século de atuação e representando mais de 1.200 empresas, a Aciu tem sido protagonista no fortalecimento do empresariado do Triângulo Mineiro. A entidade vê na transparência fiscal um pilar essencial para o progresso econômico e para a criação de um ambiente mais estável e justo para quem empreende.
Gasto Brasil
Além da presença online, o Gasto Brasil também ganha visibilidade física: os dados atualizados são exibidos em tempo real no painel de LED da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no mesmo espaço onde há 20 anos já brilha o famoso Impostômetro, que contabiliza a arrecadação tributária do país. Agora, com as duas plataformas lado a lado, o público pode comparar o quanto se paga de impostos e como esses recursos são gastos.
A expectativa da CACB é que o Gasto Brasil se torne um recurso didático e prático para a população brasileira, incentivando uma cultura de participação ativa na gestão pública — uma missão que ganha força com o engajamento de entidades representativas como a Aciu.
Co-fundadora de Fintech Brasileira e atual Diretora de Operações de Fintech Norte-Americana nos conta como trabalhar em empresas globais trouxe conhecimento para criação de soluções de pagamento instantâneos entre países
Com uma carreira sólida e marcada por inovação, Eginara Nery é um dos nomes que vem ganhando destaque no cenário global de fintechs. Com mais de 10 anos de experiência no mercado de pagamentos, ela já percorreu um trajeto que vai desde a concepção de startups até o almejado caminho do IPO — um percurso que poucos profissionais têm a oportunidade (e a competência) de trilhar.
Hoje, como Diretora de Operações em uma fintech norte-americana, Eginara continua movida por um propósito claro: simplificar transações financeiras em escala global.
Sua trajetória inclui passagens estratégicas por empresas brasileiras e internacionais, o que lhe conferiu uma visão privilegiada sobre as dores e necessidades do sistema financeiro moderno, especialmente no que diz respeito à interoperabilidade entre países. “Trabalhar em ambientes multiculturais e acompanhar o ciclo completo de empresas — da fundação até a abertura de capital — me deu não só uma visão técnica, mas também estratégica.
Entendi como a infraestrutura financeira ainda é fragmentada e lenta quando se trata de transações entre países. Foi aí que vi uma oportunidade real de transformação”, conta Eginara.
A partir dessa vivência, ela idealizou e liderou o desenvolvimento de um sistema inovador de pagamentos instantâneos cross-border, que permite a execução de transações internacionais usando tanto moedas FIAT quanto stablecoins.
A proposta não é apenas tecnológica, mas também prática: permitir que empresas e pessoas enviem e recebam dinheiro entre diferentes países com a mesma agilidade e segurança que se espera de uma transferência local.
O sistema desenvolvido por Eginara elimina intermediários tradicionais, reduz taxas e acelera o tempo de liquidação de pagamentos. Utilizando uma arquitetura híbrida, que integra sistemas bancários tradicionais a redes blockchain, a solução responde a um desafio real do setor: como tornar os pagamentos globais tão simples quanto um PIX? “A experiência em empresas que operam em múltiplos mercados me ensinou que o segredo está na combinação de compliance local com inovação global.
Não adianta apenas ter a tecnologia — é preciso entender a regulação, os hábitos de consumo e os desafios logísticos de cada país envolvido”, explica.
Eginara também ressalta a importância da inclusão financeira como vetor de inovação. “As stablecoins nos permitem criar soluções mais acessíveis, especialmente para regiões onde o sistema bancário é pouco eficiente ou inexistente”.
Isso abre portas para novos negócios, colaborações internacionais e oportunidades reais de crescimento para pequenas e médias empresas. ”O sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido por Eginara combina tecnologia de ponta com infraestrutura financeira robusta.
A operação envolve desde o investimento em liquidez até parcerias com MSBs (Money Services Businesses) norte-americanas para a aquisição de stablecoins, além de integrar provedores de moedas digitais em diferentes regiões do mundo. Com essa estrutura, o processo de on-ramp e off-ramp — ou seja, a conversão entre moedas tradicionais e digitais — ocorre de forma ágil e segura, permitindo que transações entre continentes sejam concluídas em até 30 minutos, desde a criação do pagamento até a análise de compliance e liberação do crédito ao beneficiário.
Para Eginara, a transformação digital do setor é inevitável. “Empresas que não se adaptarem ao ecossistema das moedas digitais perderão relevância em menos de três anos”, alerta.Com espírito empreendedor e foco em resultados escaláveis, Eginara Nery segue como um exemplo de liderança no universo das fintechs.
A brasileira que ja viveu no Uruguay, Canadá e Estados Unidos mostra como sua história é uma prova de que a combinação entre conhecimento técnico, vivência internacional e propósito bem definido pode gerar soluções capazes de transformar a forma como o mundo movimenta dinheiro.
INSS: Atricon recomenda auditorias sobre descontos em aposentadorias e pensões
Há receio de que um esquema semelhante também esteja sendo desenvolvido no âmbito dos institutos locais
Índice
Os Tribunais de Contas do país reforçaram a atenção sobre regimes próprios de previdência dos estados e municípios brasileiros, depois da repercussão acerca da fraude bilionária contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso porque há o receio de que um esquema semelhante também esteja sendo desenvolvido no âmbito dos institutos locais.
Diante disso, a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) enviou um ofício às 33 Cortes de estados e municípios, com a recomendação de que sejam feitas auditorias específicas para apurar a regularidade dos descontos efetuados nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas.
“Há também indícios que dão conta de que fraudes semelhantes à ocorrida no cenário nacional possam estar sendo praticadas também no âmbito dos institutos e RPPS dos estados e municípios”, destacou a entidade em nota.
A Atricon destaca ainda que, além de atingir diretamente os idosos, “o episódio também afeta negativamente a legalidade e a moralidade administrativa. A entidade também considera que causa um abalo à confiança nas instituições públicas, entre outras consequências.
Cobranças indevidas
De acordo com a Polícia Federal, mais de R$ 6 bilhões podem ter sido cobrados indevidamente de aposentados e pensionistas do INSS, por meio dos chamados descontos associativos. A suspeita é de que pelo menos 12 entidades tenham sido criadas somente para executar a fraude.
Além dessas entidades, que tiveram pedidos de bloqueios de bens na ordem de R$ 2,5 bilhões para ressarcir as vítimas, outras 6 empresas também entraram na mira da Advocacia-Geral da União (AGU).
Reembolso
O serviço para solicitar reembolso de descontos indevidos estará disponível pelos canais de atendimento do INSS a partir desta quarta-feira (14). As vítimas que tiveram descontos associativos em seus contracheques vão começar a ser notificados já nesta terça-feira (13), por meio do aplicativo Meu INSS.
Bolsa brasileira fecha sessão aos 136,5 mil pontos
O Ibovespa começa a terça-feira (13) em leve alta de 0,04%. Durante o pregão desta segunda-feira a bolsa brasileira voltou a oscilar positivamente e voltou a fechar acima dos 136,5 pontos. Por aqui o índice segue a tendência mundial de alta das bolsas, que dispararam depois dos novos acordos tarifários firmados entre Brasil e China.
A movimentação no cenário doméstico ficou por conta da entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que o Brasil pode chegar a 3% de média de crescimento ao final do mandato do presidente Lula.
Com a alta mundial do minério de ferro, a Vale foi quem saiu ganhando, alta de 2,51% das ações da mineradora. A Petrobras também subiu, 2,39%, e a Braskem disparou 6,05%.
Por outro lado, todos os bancos perderam nesta segunda, entre eles Itaú Unibanco com menos 2,01%.
Os dados da bolsa de valores brasileira podem ser consultados no site da B3.
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