Preço de “bandeira vermelha”: consumidor residencial do Mato Grosso do Sul pode ter aumento mensal de R$ 18,03 na conta de luz
Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) estima a elevação do custo de energia em 9% nos próximos 25 anos, se o veto às emendas na Lei das Eólicas Offshore for derrubado pelo Congresso Nacional
Uma conta de luz com valores comparados à tarifa de bandeira vermelha patamar 2 — valores praticados em períodos de estiagem máxima — pelos próximos 25 anos.
O aumento estimado em cerca de 9% pode se tornar realidade se senadores e deputados derrubarem o veto presidencial às emendas da Lei 15.097/25, conhecida como a Lei das Eólicas Offshore. O alerta é da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que estima um custo anual de R$ 20 bilhões nas contas até 2050, gerado pelas emendas.
Segundo a FNCE, esse montante equivale a R$ 7,63/100 kwh, valor quase igual aos R$7,87/100 kwh estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a cobrança da bandeira vermelha patamar 2 no sistema de bandeiras tarifárias. Na bandeira amarela é cobrado R$ 1,88/100 kwh. Na bandeira vermelha 1, a cobrança adicional é de R$ 4,46/100 kwh.
A FNCE estima que alguns estados podem ter um impacto maior. É o caso do Mato Grosso do Sul. As emendas podem gerar aumento médio mensal de R$ 18,03 para os consumidores residenciais do estado, sem contar o público de baixa renda, segundo cálculos realizados com base nas tarifas residenciais publicadas pela Aneel. O que, ao final de doze meses, representa um aumento acumulado de R$ 216,36 — quase uma conta de luz a mais por ano.
Para Mónica Banegas, especialista em Justiça Energética do Instituto Pólis, por conta da composição tarifária, o estado pode passar a ter uma das contas de luz mais caras do país. “É extremamente grave e preocupante para o morador de Mato Grosso do Sul. Por isso é tão importante falar com os senadores e deputados que representam o estado, para evitar que isso venha a se concretizar. A conta está cara e os moradores vão ser os mais punidos, se esse veto for derrubado pelo Congresso Nacional.”
Para o presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, é preciso que a população se engaje e entenda o impacto da derrubada dos vetos a longo prazo. “Quando fizemos, então, uma avaliação do que isso significava, chegamos à conclusão que isso significa 25 anos de um custo adicional, equivalente à bandeira vermelha 2 na conta de luz.”
As emendas incluídas na Lei das Eólicas Offshore tratam de temas sem relação com a proposta original do projeto, cujo objetivo é regular a produção de energia eólica em alto mar. São do tipo conhecido como emendas “jabutis”, um jargão legislativo para emendas que são inseridas em projetos de lei sem que tenham relação com o tema original das propostas.
Neste caso, esses “jabutis” determinam o pagamento de subsídios e a contratação obrigatória de uma série de usinas, inclusive de gás natural e carvão. Esses custos previstos nas emendas vetadas, além de encarecer a conta de luz, ainda vão de encontro à agenda climática e podem trazer prejuízos significativos aos consumidores brasileiros.
Com o texto de volta ao Congresso Nacional, com análise dos vetos marcada para 27 de maio, há risco de que eles sejam derrubados pelos parlamentares e, se isso acontecer, os jabutis voltam ao texto.
Alguns parlamentares sul-matogrossenses já se posicionaram, como o senador Nelsinho Trad (PSD-MS). O parlamentar não votou o projeto, em novembro passado, porque estava de licença de saúde, mas sem deixar claro qual será sua posição na análise do veto presidencial, afirma que é preciso ter cautela e responsabilidade nesse tipo de votação.
“Não posso aceitar que decisões tomadas aqui [Senado] prejudiquem o dia a dia da nossa população. Crescimento econômico sim, geração de empregos também, mas desde que o custo disso não recaia sobre quem já paga caro pela energia elétrica. Precisamos buscar um equilíbrio e defender investimentos sem sacrificar as famílias.”
A senadora Tereza Cristina (PP) votou em novembro a favor das emendas que aumentam a conta de luz. Questionada se manterá essa posição, a senadora respondeu por meio de sua assessoria, que é contra qualquer medida que represente aumento no custo de vida da população. O brasileiro já paga muitos impostos e não pode ser penalizado com mais encargos, especialmente em um momento de tantas dificuldades econômicas. Na votação de novembro, o PP, partido da senadora, orientou sua bancada pela aprovação do projeto com as emendas que deixarão a conta de luz mais cara para os consumidores.
O Brasil 61 procurou também a senadora Soraya Thronicke (Podemos), mas ela não respondeu até o fechamento desta reportagem. Na votação de novembro, Thronicke votou a favor das emendas que podem elevar em 9% o custo da energia no Mato Grosso do Sul. O Podemos orientou sua bancada pela aprovação do projeto com os jabutis que aumentam a conta de luz.
Bandeiras tarifárias
A matriz energética brasileira é prioritariamente hidrelétrica — 65% da energia que consumimos vem da água. Em função disso, nos período em que há menos chuvas nas regiões onde estão os reservatórios, é preciso ativar mais usinas termelétricas para gerar eletricidade e essas usinas têm o custo de operação maior do que as hidroelétricas. Por isso o sistema de bandeiras é usado para evitar custos financeiros e informar ao consumidor o custo real de geração de energia.
Dólar fechou a última sessão em leve alta de 0,07%, praticamente estável. A moeda é cotada a R$ 5,54.
A leve valorização da moeda frente ao real demonstrou movimento distinto do que ocorreu no exterior, onde a moeda americana depreciou na maioria dos mercados.
A pressão sobre o câmbio foi puxada pelas declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre pautar urgência de projeto para derrubar decreto de alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e barrar novos aumentos de imposto.
No exterior, cresce a desconfiança diante da política comercial restritiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Preços do Boi, Frango e Suíno nesta sexta-feira (13), cotações atualizadas
As cotações do boi gordo, suíno e frango no mercado brasileiro apresentaram variações nesta sexta-feira (13), conforme dados divulgados pelo Cepea
Índice
O preço do boi gordo registrou alta de 0,53% nesta sexta-feira (13), com a arroba do boi sendo negociada a R$ 315,85 no estado de São Paulo.
Indicador do boi gordo dos últimos 5 dias:
Data
Valor R$
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$/@
12/06/2025
313,03
0,30%
2,26%
56,26
11/06/2025
312,09
0,19%
1,96%
56,00
10/06/2025
311,49
0,38%
1,76%
55,69
09/06/2025
310,33
0,37%
1,38%
55,35
06/06/2025
309,20
0,33%
1,01%
54,85
05/06/2025
308,19
0,30%
-0,12%
54,42
Preço do frango congelado e resfriado
Na Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado, o preço do frango congelado manteve estabilidade, com o quilo cotado a R$ 7,36. O frango resfriado também se manteve estável e continua sendo vendido a R$ 7,39 o quilo, refletindo ajustes no mercado consumidor.
Preço da carcaça suína especial e suíno vivo
A carcaça suína especial registrou estabilidade nos preços, mantendo o quilo em R$ 12,55 nos atacados da Grande São Paulo. Em contrapartida, o preço do suíno vivo teve alta em diversas regiões, como no Paraná, onde o quilo do suíno vivo está sendo comercializado a R$ 7,97, segundo dados do Cepea.
Indicador do suíno vivo:
Data
Estado
Valor R$*
Var./Dia
Var./Mês
12/06/2025
MG – posto
8,44
0,00%
4,07%
12/06/2025
PR – a retirar
7,97
0,50%
0,76%
12/06/2025
RS – a retirar
8,03
0,00%
0,63%
12/06/2025
SC – a retirar
8,00
0,25%
4,03%
12/06/2025
SP – posto
8,50
0,00%
1,19%
Preço da carcaça suína especial nos últimos 5 dias:
O que é o boi gordo? Entenda o termo do mercado bovino
O boi gordo é o bovino macho pronto para o abate, com peso mínimo de 16 arrobas líquidas de carcaça (aproximadamente 240 kg) e até 42 meses de idade. Atende aos padrões do mercado nacional e internacional, incluindo exportações para Europa, China e cota Hilton.
Diferenças entre frango congelado e frango resfriado
O frango congelado passa por congelamento rápido, com temperaturas abaixo de -12°C, garantindo maior vida útil para armazenamento e transporte a longas distâncias. Já o frango resfriado é mantido entre 0°C e 4°C, com validade de 5 a 7 dias, oferecendo textura e sabor mais próximos do fresco, ideal para consumidores exigentes e restaurantes.
Preços do café, açúcar e milho nesta sexta-feira (13)
O mercado de commodities agrícolas registrou novas variações nesta sexta-feira (13), com destaque para o café, açúcar cristal e milho, segundo dados do Cepea
Índice
O preço do café arábica caiu 0,95% nesta sexta-feira (13), e a saca de 60 kg está sendo negociada por R$ 2.229,75 na cidade de São Paulo, segundo dados atualizados do mercado.
Já o café robusta também apresentou recuo, com queda de 0,79%. A saca de 60 kg do grão está sendo vendida a R$ 1.333,38.
Indicador do café arábica nos últimos 5 dias:
Data
Valor R$
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$
12/06/2025
2.229,75
-0,95%
-4,54%
402,12
11/06/2025
2.251,10
-1,13%
-3,62%
405,97
10/06/2025
2.276,92
-1,17%
-2,52%
408,49
09/06/2025
2.303,94
-0,53%
-1,36%
414,15
06/06/2025
2.316,32
0,63%
-0,83%
416,45
Indicador do café robusta nos últimos 5 dias:
Data
Valor R$
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$
12/06/2025
1.333,38
-0,79%
-4,38%
240,47
11/06/2025
1.343,93
-1,74%
-3,62%
242,37
10/06/2025
1.367,66
-0,59%
-1,92%
245,36
09/06/2025
1.375,84
0,93%
-1,33%
247,32
06/06/2025
1.363,23
0,01%
-2,24%
245,10
Preço do açúcar cristal
O preço do açúcar cristal registrou queda nesta sexta-feira (13) nas principais praças do estado de São Paulo.
Em São Paulo capital, a saca de 50 kg do açúcar cristal caiu 0,39%, sendo cotada a R$ 126,56.
Em Santos (SP), a cotação média — sem impostos — recuou 0,72%, com o valor da saca em R$ 123,39.
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em São Paulo:
Data
Valor R$*
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$*
11/06/2025
127,06
-2,32%
-4,89%
22,91
10/06/2025
130,08
-1,81%
-2,63%
23,34
09/06/2025
132,48
0,52%
-0,83%
23,81
06/06/2025
131,80
0,30%
-1,34%
23,70
05/06/2025
131,40
-2,06%
-1,64%
23,50
Indicador do açúcar cristal no últimos 5 dias em Santos:
Data
Valor R$*
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$*
11/06/2025
124,29
-0,77%
-6,18%
22,44
10/06/2025
125,26
-0,93%
-5,45%
22,55
09/06/2025
126,44
0,28%
-4,56%
22,68
06/06/2025
126,09
-0,58%
-4,82%
22,54
05/06/2025
126,82
-1,54%
-4,27%
22,66
Preço do milho
Na região de Campinas (SP), a saca de 60 kg do milho está sendo vendida a R$ 67,64, com desvalorização de 0,49% no dia.
Indicador do milho nos últimos 5 dias:
Data
Valor R$*
Var./Dia
Var./Mês
Valor US$*
11/06/2025
67,97
0,35%
-1,42%
12,26
10/06/2025
67,73
-1,54%
-1,77%
12,15
09/06/2025
68,79
-1,06%
-0,23%
12,37
06/06/2025
69,53
0,83%
0,84%
12,50
05/06/2025
68,96
-0,09%
0,01%
12,33
Os valores são do Cepea.
Diferença entre café arábica e café robusta: características, uso e regiões produtoras
Café arábica e café robusta são as duas principais variedades cultivadas e comercializadas no Brasil, ambas medidas em sacas de 60 kg.
O café arábica (conhecido também como café Conilon, em algumas regiões) tem sabor mais suave, menor teor de cafeína e alta qualidade sensorial, sendo preferido em cafeterias especializadas e nas exportações de cafés premium. Representa cerca de 70% da produção brasileira, com destaque para estados como Minas Gerais e São Paulo.
O café robusta, por sua vez, possui sabor mais amargo, maior concentração de cafeína e corpo mais intenso. É amplamente utilizado na produção de café solúvel e blends comerciais. Seus principais polos produtores são o Espírito Santo e Rondônia, e seu preço costuma ser mais baixo em comparação ao arábica, por conta do perfil mais industrial.
Como é calculada a saca de açúcar cristal?
A saca de açúcar cristal no Brasil é padronizada em 50 quilos, especialmente para comercialização no mercado atacadista e para uso na indústria alimentícia. Essa unidade de medida é adotada pelo Cepea/Esalq-USP, principal fonte de cotações diárias do açúcar cristal no país.
Qual o peso da saca de milho no Brasil?
A saca de milho equivale a 60 kg de grãos, mesmo padrão utilizado para soja e trigo. Essa medida é oficializada por instituições como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura (MAPA) e o Cepea, sendo amplamente usada em negociações e relatórios de preço do milho.
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