O conflito entre Irã e Israel pode pressionar o mercado internacional de petróleo e refletir diretamente nos preços da commodity no Brasil. Além disso, o agravamento do conflito no Oriente Médio após o ataque dos Estados Unidos a três instalações nucleares no Irã também acende alerta para escalada do conflito. Segundo análise do economista Gilberto Braga, ainda não há como prever a magnitude dos impactos. No entanto, a escalada do conflito pode elevar a inflação e impactar outros setores.
Diante do cenário de aumento da tensão no Oriente Médio, Braga pontua que há instabilidade para o mundo de uma forma geral, especialmente sobre a participação pontual dos EUA e as possibilidades de retaliação e o envolvimento de outras nações.
Em relação ao petróleo, o cenário também é incerto, principalmente por conta do Parlamento do Irã aprovar o fechamento do estreito de Ormuz – região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico. Gilberto Braga explica a importância da via marítima para o transporte do petróleo global – por onde chega a passar cerca de ⅕ do recurso consumido no mundo.
Com isso, ele afirma que as consequências da intensificação do conflito trazem incertezas para o mercado de petróleo.
“Isso representa também uma instabilidade por si só, na medida em que o estreito de Ormuz concentra 20% de toda a movimentação de petróleo no mundo, com grande fluxo de grandes petroleiros diariamente. Além disso, é a principal rota para a China, que é o principal cliente do Irã. Então, isso traz bastante incerteza para o mercado global, mas ainda é cedo para se avaliar quais são os desdobramentos disso. Só se sabe que esses desdobramentos são relevantes, mas não se consegue ainda variar qual é a sua magnitude.”
Com relação ao preço do petróleo no Brasil, o especialista informa que apesar de no atual governo a Petrobras oficialmente abandonar a paridade com o mercado internacional, “não quer dizer que ela não considera o preço do Brent no mercado internacional, mas considera diversos outros fatores. Um dos fatores que tem ajudado o preço do petróleo no Brasil para fingir consumo de derivados é que o dólar vem perdendo força nos últimos dias e isso de alguma maneira cria uma espécie de colchão para o crescimento do preço do barril do petróleo que certamente está disparando”, aponta.
Braga analisa, ainda, que a petrolífera tem demonstrado cautela em relação às elevações ou reduções bruscas nos preços dos derivados internos. “Então é bastante possível que ela [a Petrobrás] aguarde um pouco mais para tomar qualquer decisão, seja ela qual for”, destaca Gilberto Braga.
Reflexos econômicos para os os brasileiros
Em caso de agravamento do conflito no Oriente Médio, o Brasil também pode sofrer impactos inflacionários e ter diversos setores afetados, como de alimentos – em função dos deslocamentos – e de energia. Braga pondera, no entanto, que o cenário ainda é incerto.
“O petróleo é a matéria-prima de tudo, de plástico, de combustível, de uma certa maneira está presente em toda a produção econômica brasileira; então se houver uma inflação, certamente vai ter um impacto na inflação; neste momento, é impossível a gente prever qual é esse impacto, mas ele certamente, se houver, vai ser relevante”, salienta.
Mercado financeiro
Na última segunda (23), após o Irã atacar bases dos EUA no Catar e no Iraque, os contratos futuros de petróleo Brent – referência mundial – com vencimento em agosto, caíram 7,18%, a US$ 71,48 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE), o que ajudou os índices internacionais.
Em contrapartida, no cenário interno aconteceu o oposto. No fechamento do último pregão do índice da bolsa de valores brasileira (Ibovespa) na segunda-feira (23), as ações da Petrobras (PETR4) recuaram 2,50%, sensível aos preços internacionais, já PRIO (PRIO3) perdeu 0,71%. Os papéis ordinários da Petrobras fecharam em queda de 2,81%; já os preferenciais, em queda 2,50%. A bolsa finalizou o dia em queda de 0,41%, resultado puxado pelas tensões geopolíticas, aos 136.550,50 pontos. No dia, a bolsa teve mínima de 135.835,25 pontos.
Considerando que as empresas de petróleo tendem a faturar mais com o preço mais caro do petróleo, Braga explica que, como a Petrobras é produtora no Brasil – deve ter elevação nas ações de empresas de petróleo no Ibovespa e ser beneficiada pelo aumento dos preços internacionais.
“Os custos não crescem na mesma magnitude que o preço, portanto, a lucratividade dessas empresas no Ibovespa e nos seus resultados operacionais tendem a ser maiores. Em outras palavras, o lucro operacional cresce e isso automaticamente faz com que as ações fiquem mais valorizadas na bolsa de valores”, pontua o economista Gilberto Braga.
Setor industrial
De acordo com informações do InfoMoney, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) alerta o país sobre o aumento de custos em indústrias de base e importação de equipamentos por conta do conflito no Oriente Médio.
A preocupação é acentuada considerando os impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode acarretar em outras cadeias de produção – por exemplo, ocasionar a redução da oferta de energia, por conta do Brasil ser importador de equipamentos. A federação também defendeu a necessidade do país ampliar a reserva.
Porto Alegre: Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo recebe visita de equipe do MinC
Ministério da Cultura visita Quilombo do Sopapo, em Porto Alegre, e destaca papel dos agentes culturais na valorização da diversidade e das expressões locais
O Ministro da Cultura vem promovendo uma série de encontros por todo Brasil para conversar com agentes culturais ou grupos que trabalham na criação, produção, promoção e divulgação de manifestações culturais.
Atuando como mediadores entre a população e as expressões culturais, os agentes articulam e promovem ações que valorizem a cultura local. Esse trabalho é fundamental no desenvolvimento cultural de uma sociedade e é reconhecido pelo MinC.
Nesta semana, representantes do ministério estiveram no ponto de cultura Quilombo do Sopapo, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A simbologia do local escolhido para o bate-papo foi ressaltada pelo secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares.
“Este lugar é muito importante para a cultura negra, para a formação da rede de pontos de cultura, um espaço de acolhimento de articulação e fortalecimento das políticas culturais”.
Um agente pode ser artista, produtor, gestor cultural, ou qualquer pessoa que de alguma forma contribua para a vida cultural de uma comunidade. Eles atuam como um canal de diálogo entre o governo federal e a sociedade civil.
No encontro, o secretário destacou como os agentes culturais são peças-chave ao cumprirem com o desenvolvimento cultural de uma sociedade.
“A cultura é a valorização da diversidade, é a valorização da diferença, é a construção do respeito e na construção do respeito à construção de linguagem, de estética, de símbolo.”
O objetivo do Ministério da Cultura é justamente nacionalizar as políticas culturais e seguir atuando em diversas frentes para garantir que a cultura seja acessível.
Márcio Tavares explica que a valorização dos fazedores e gestores passa pela defesa da cultura, da democracia e das expressões dos territórios.
Esta é uma realização do Ministério da Cultura (MinC). Para mais informações, acesse: www.gov.br/cultura
Ministra da Cultura, Margareth Menezes, faz discurso em evento na sede da UNESCO, em Paris
Ministra da Cultura participa de compromissos na sede da UNESCO, em Paris
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou de compromissos na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em Paris, na França.
A titular doMinistério da Cultura discursou na abertura da 10ª Conferência das Partes da Convenção 2005. O evento reúne os 186 países signatários da Convenção e a União Europeia para avaliar o progresso alcançado na sua implementação e traçar ações futuras.
Margareth Menezes destacou a importância da Convenção na garantia do acesso e valorização da cultura em todas as suas dimensões: “Ao longo de seus 20 anos, a Convenção já provocou transformações profundas no campo cultural, tanto em nível local quanto internacional. Esse avanço extraordinário confirma um dos principais objetivos da Convenção: despertar, em escala global, a consciência sobre a importância de proteger a diversidade cultural com um bem comum da humanidade e meio de promoção do desenvolvimento sustentável”.
No discurso, a ministra ressaltou ainda como a Convenção tem orientado o Brasil na construção de políticas culturais inclusivas, democráticas e voltadas à diversidade: “Nossas políticas culturais impactam milhões de brasileiros e brasileiras, democratizando o acesso, valorizando a pluralidade, e fortalecendo as redes comunitárias em todas as regiões”.
A ministra da Cultura do Brasil também esteve na quinta edição do Fórum das Organizações da Sociedade Civil interessadas na implementação da Convenção UNESCO de 2005.
O evento discute a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais. Para a ministra, o papel da sociedade no fórum é muito importante: “As vozes de todas as pessoas da diversidade humana precisam cada vez mais ser ouvidas, e isso fortalece a implementação dessa convenção que é tão importante. Após 20 anos, podemos dizer que a convenção é um instrumento vivo e que precisa estar aberta às mudanças do tempo”.
As celebrações pelos 20 anos da Convenção sobre a Diversidade das Expressões Culturais reforça o protagonismo da cultura feita no Brasil no cenário internacional. Todos têm direito à cultura, defende a ministra Margareth Menezes.
“O acesso à cultura em todas as suas dimensões deve ser ampliado, criando condições para que todas as pessoas tenham acesso e participem ativamente da vida cultural e de suas comunidades”.
Esta é uma realização do Ministério da Cultura. Para mais informações, acesse: www.gov.br/cultura
No dia do Cinema Brasileiro, MinC alerta para necessidade de aprovação da Lei do Streaming
MinC quer aprovar ainda este ano a Lei do Streaming, que pretende regular os serviços de vídeo sob demanda oferecidos por plataformas como Netflix e Amazon Prime
O Ministério da Cultura trabalha para aprovar ainda em 2025 a Lei do Streaming, que pretende regular os serviços de vídeo sob demanda oferecidos por plataformas como Netflix e Amazon Prime.
Para o Minc, a aprovação da lei é fundamental para impulsionar o audiovisual do Brasil e dar ainda mais destaque para o cinema nacional. E entre as principais vantagens da regulamentação, estão o fortalecimento da produção independente e a garantia da soberania cultural. Ou seja, o direito do Brasil de desenvolver e promover sua própria cultura, sem interferências externas que possam ameaçar a identidade e a diversidade cultural dos brasileiros.
Novas oportunidades para os criadores de todo o país também são defendidas pela ministra da Cultura, Margareth Menezes: “Essa nova geração que tá aí encontra dentro do audiovisual, um ambiente de geração de emprego e renda, enfim, é tudo. O audiovisual hoje é realmente um setor de aderência das novas gerações”.
O Ministério da Cultura defende as propostas presentes no projeto substitutivo apresentado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), no que se refere aos pontos estruturantes apoiados pelo MinC para a regulação.
Os pontos estruturantes são: cota de 10% de conteúdo brasileiro nos catálogos; alíquota de Condecine de 6% do faturamento bruto anual, sem qualquer dedução e investimento direto em pré-licenciamento, e licenciamento exclusivamente de produção brasileira independente.
O MinC trabalha o tema num esforço conjunto entre governo, líderes e parlamentares, além do constante diálogo com representantes do setor e da sociedade civil.
O período atual é muito bom para o cinema brasileiro e é importante a regulamentação da lei acontecer, reforça a secretária do audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga: “O debate tá muito rico, tá muito maduro e muito organizado. Então, assim, eu acho que a gente tá no melhor momento mesmo para regulamentar”.
No dia 19 de junho é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A secretária lembra a data para reforçar que a aprovação da Lei do Streaming é crucial para impulsionar, ainda mais, a indústria cinematográfica e é uma prioridade do MinC.
Esta é uma realização do Ministério da Cultura. Para mais informações, acesse: www.gov.br/cultura/
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