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Economia

Prefeitos encerram Marcha com carta que cobra apoio à PEC da Sustentabilidade Fiscal e alerta para crise nos municípios

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a medida traz impacto superior a R$ 700 bilhões aos entes locais

Prefeitos encerram Marcha com carta que cobra apoio à PEC da Sustentabilidade Fiscal e alerta para crise nos municípios

Os prefeitos participantes da 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios concluíram o evento, na quinta-feira (22), com a apresentação de uma carta que contém as principais reivindicações aprovadas durante o encontro. 

O documento foi entregue ao secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República, José Hilário Marques. Entre outros pontos, a carta dá destaque à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, mais conhecida como PEC da Sustentabilidade Fiscal. 

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a medida traz impacto superior a R$ 700 bilhões aos entes locais. A carta pontua que o atual cenário fiscal é crítico. O documento também faz menção aos impactos dos programas federais na folha e na previdência, além dos entraves na liberação de emendas. Diante disso, é solicitado apoio na aprovação da PEC.

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Os representantes dos municípios também reforçaram a necessidade de aprovação das três emendas apresentadas pela Confederação na PEC da Sustentabilidade Fiscal. Os itens tratam da ampliação da Reforma da Previdência da União aos municípios; de um novo modelo de pagamento de precatórios, abrangendo mais entes locais; e da alteração do indexador da dívida previdenciária, da Selic para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Distribuição dos royalties de petróleo

No âmbito do Poder Judiciário, a carta também faz referência às reuniões dos representantes dos municípios com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, para tratar das ações relacionadas à distribuição dos royalties de petróleo. 

Nesse caso, o documento aponta que, desde a suspensão da Lei 12.734/2012, em 2013, os entes já perderam mais de R$ 111 bilhões. Em meio a esse quadro, a CNM solicitou um cronograma de reuniões junto ao Núcleo de Solução de Conflitos do STF com o intuito de discutir esse cenário.

Além disso, a Confederação lembra que o evento abordou aspectos relacionados ao Movimento Mulheres Municipalistas (MMM). Nesse caso, foram destacadas evoluções, mas também abordadas questões relacionadas à maior presença feminina nos cargos de chefia dos poderes. 

PEC da Sustentabilidade Fiscal

No início de maio, a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Especial para analisar a PEC da Sustentabilidade Fiscal. A medida, de autoria do Senado, é considerada essencial para reestruturar as finanças dos municípios. 

Entre os principais pontos da PEC estão:

  • Ampliação do prazo para o parcelamento de dívidas previdenciárias dos municípios de 60 para 300 meses 
  • Novos limites escalonados para pagamento de precatórios com base na Receita Corrente Líquida (RCL) 
  • Aplicação das regras previdenciárias da União aos regimes próprios municipais 
  • Desvinculação de receitas até 2032 
  • Criação de um programa de regularidade previdenciária

Rombo fiscal

Um levantamento elaborado pela CNM e divulgado pelo jornal Valor Econômico revela que 54% das prefeituras brasileiras fecharam 2024 no vermelho. O déficit fiscal dos municípios somou R$ 32,6 bilhões. O valor é mais que o dobro verificado em 2023, quando o rombo foi de R$ 15,3 bilhões. Em dois anos, o buraco nas contas locais já passa de R$ 48 bilhões.

De acordo com o estudo, enquanto a arrecadação dos municípios aumentou 9,9% de 2023 para 2024, os gastos subiram 11,34%. Entre os principais fatores que contribuíram para esse quadro está o aumento dos investimentos, que saltaram 25% acima da inflação, totalizando R$ 135,2 bilhões — uma alta ligada, em parte, ao calendário eleitoral. Além disso, os gastos com pessoal aumentaram 5% em termos reais, enquanto outras despesas correntes avançaram 14%. 
 

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Preço do café começa a segunda-feira (26) em queda

O café robusta, por exemplo, apresentou redução de 1,27% no valor e a saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, é vendida a R$ 1.485,32

Preço do café começa a segunda-feira (26) em queda

A saca de 60 quilos do café arábica começou esta segunda-feira (26) negociada a R$ 2.418,36, após queda de 1,13% no preço. O café robusta, por sua vez, apresentou redução de 1,27% no valor e a saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, é vendida a R$ 1.485,32 para retirada nas imediações da região produtora de Colatina e São Gabriel da Palha, no estado do Espírito Santo. 

O açúcar cristal, em São Paulo, sofreu alta de 0,83% no valor e a mercadoria é negociada a R$ 134,30. Já na cidade de Santos, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos, subiu 1%, com o produto vendido a R$ 134,00.

A saca de 60 kg do milho, por sua vez, apresentou redução de 0,13% no preço e é negociada a R$ 71,13 para a região de referência de Campinas (SP).

Os valores são do Cepea. 

Reportagem, Marquezan Araújo
 

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Boi gordo: semana começa com queda no preço da arroba

Em relação ao quilo dos frangos congelado e resfriado, houve estabilidade nos preços

Boi gordo: semana começa com queda no preço da arroba

Após cair 0,87% nesta segunda-feira (26), a arroba do boi gordo passou a custar R$ 301, em São Paulo. 

Em relação ao quilo dos frangos congelado e resfriado, houve estabilidade nos preços. O primeiro segue comercializado a R$ 8,56 e o segundo a R$ 8,63. Para os dois produtos, as regiões de referência são da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. 

O preço da carcaça suína especial também apresentou manutenção no preço e o quilo ainda custa R$ 12,71 na Grande São Paulo, enquanto o suíno vivo é negociado a R$ 8,44 em Minas Gerais e R$ 8,11 no Rio Grande do Sul, ambos em queda. 

As informações são do Cepea.  

 

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Dólar fecha última sessão em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,64

Ao longo da sessão, a divisa chegou a valer R$ 5,74

Dólar fecha última sessão em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,64

O dólar fechou a última sessão em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,64. 

Ao longo da sessão, a divisa chegou a valer R$ 5,74, mas passou a cair com recuo do governo sobre Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

A equipe econômica do governo Lula havia anunciado, na quinta-feira (22), um aumento do imposto em transações cambiais. Porém, não seguiu com a medida. 

Para analistas do mercado financeiro, a utilização do IOF como medida arrecadatória afetou o humor dos investidores. 

Já o euro fechou em torno de R$ 6,41. 

Os dados são da Companhia Morningstar. 

 

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