Em um momento em que o Brasil discute de forma intensa e polarizada a possibilidade de legalização da maconha e de outras drogas, surge das ruas, das igrejas, das famílias e dos centros de recuperação uma voz que ecoa por mudança e proteção à juventude: o Movimento Brasil Sem Drogas. Idealizado e articulado por Guilherme Bezerra, ex-dependente químico e educador social, o movimento tornou-se rapidamente uma das maiores frentes populares de combate à legalização das drogas no país.
Fundado no Ceará e projetado para o cenário nacional, o Brasil Sem Drogas se consolidou como um movimento suprapartidário e suprarreligioso, formado por médicos, juristas, líderes religiosos, profissionais da educação e da saúde, além de milhares de voluntários e sobreviventes da dependência química.
“Essa causa é de todos nós”, afirma Guilherme Bezerra
A trajetória de Guilherme Bezerra é, por si só, um manifesto vivo contra a banalização do uso de entorpecentes. Ex-dependente, ele viveu nas ruas, passou por 15 internações e chegou à Cracolândia antes de reconstruir sua vida. Hoje, preside o Instituto Caminho da Luz, que acolhe dependentes químicos e seus familiares na Região Metropolitana de Fortaleza.
“Eu sei o que é ter a vida destruída pela droga. E sei o quanto é difícil sair. Por isso, cada vez que alguém defende a liberação, é como se ignorasse todas as famílias que enterraram seus filhos por causa de um vício que começou com a maconha”, declarou Guilherme durante uma audiência pública em Brasília.
Para ele, o debate vai além da ideologia. “Essa luta não é de direita nem de esquerda. É pela vida. É pelo futuro das nossas crianças e adolescentes. Não vamos permitir que o Brasil trilhe o caminho do Uruguai ou de outros países onde a legalização falhou”, enfatizou.
Um movimento plural, com apoio de especialistas e da sociedade civil
O movimento rapidamente angariou apoio de diferentes setores da sociedade. Entidades religiosas, como a Pastoral da Sobriedade, o Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (FENASP) e representantes da Federação Espírita Brasileira, somaram forças ao projeto. “Legalizar drogas é legalizar a destruição da nossa juventude. Estamos aqui para dizer que não aceitaremos isso em silêncio”, declarou o pastor Silas Rocha, membro do FENASP.
Profissionais da saúde também deram voz à resistência. A Associação Brasileira de Psiquiatria se posicionou publicamente contrária à liberação da droga, apontando os riscos psiquiátricos severos e o impacto sobre o sistema de saúde.
O promotor de justiça Sérgio Harfouche, presente em uma das sessões no Congresso, foi direto: “A maconha não tem visibilidade como o álcool, mas causa prejuízos profundos. Como promotor, vejo todos os dias jovens que começaram com um cigarro e terminaram na criminalidade ou no caixão.”
A campanha que viralizou
Em setembro, o Movimento Brasil Sem Drogas lançou uma série de campanhas publicitárias contundentes. Os cartazes e vídeos circularam pelas redes sociais e chamaram atenção da população com questionamentos provocativos: “Você deixaria seu filho ser operado por um médico sob efeito de maconha?”, ou “Entraria num avião cujo piloto acabou de fumar?”
Uma das peças mais impactantes mostrava a frase: “Maconha: a droga que mata sonhos antes de matar o corpo”, acompanhada de depoimentos reais de ex-usuários. A repercussão foi imediata: em menos de uma semana, a página do movimento no Facebook cresceu exponencialmente, e o conteúdo foi compartilhado por comunidades religiosas, grupos de pais e professores de todo o país.
A professora Maria Alice da Costa, mãe de uma jovem em recuperação, emocionou o público durante um evento em Fortaleza: “Maconha não é recreação. Sempre será dor. Minha filha perdeu cinco anos de vida e quase perdeu a própria vida por causa de uma escolha que parecia inofensiva. Não podemos permitir que o Estado diga às nossas crianças que isso é normal.”
Um movimento que chegou ao Congresso
A atuação do movimento ultrapassou as ruas e as redes. Integrantes do Brasil Sem Drogas acompanharam de perto as discussões em Brasília sobre a Sugestão Popular 8/2014, que propunha a regulamentação da maconha no país. Guilherme Bezerra e outros representantes compareceram a sessões da Comissão de Direitos Humanos do Senado e foram recebidos por parlamentares das frentes evangélica, católica e da segurança pública.
O senador Magno Malta (PR-ES) foi um dos que ecoaram as vozes do movimento: “A maconha é sim a porta de entrada para o vício e para o crime. Onde legalizaram, não acabou o tráfico – criaram um tráfico paralelo. Não vamos aceitar que essa tragédia seja institucionalizada no Brasil.”
Também participaram ativamente juristas e representantes da OAB em estados como Ceará e Paraíba, além de lideranças locais. Em Fortaleza, o vereador Paulo Diógenes apresentou um requerimento à Câmara Municipal reconhecendo publicamente o trabalho de Guilherme Bezerra. “Fortaleza deve se orgulhar de ter um filho como Guilherme. Ele é a prova de que é possível vencer a dependência e transformar dor em missão”, disse o parlamentar na tribuna. O requerimento foi aprovado por unanimidade e a atuação de Guilherme passou a integrar oficialmente os anais da Casa.
Instituto Caminho da Luz: da recuperação à reinserção
Além do ativismo nacional, Guilherme Bezerra coordena com dedicação o Instituto Caminho da Luz, fundado em 2012. O espaço, localizado em uma chácara na Grande Fortaleza, oferece atendimento terapêutico a homens e mulheres em situação de dependência química, além de apoio psicológico às famílias.
“Colocamos o ser humano no centro do tratamento. Não vemos o dependente como um problema, mas como alguém que precisa de ajuda para recomeçar”, explica Guilherme. Em pouco mais de dois anos de existência, o instituto já havia acolhido mais de 300 pessoas e contava com uma equipe de psicólogos, terapeutas e conselheiros voluntários.
O ex-usuário Rodrigo S., hoje voluntário no centro, testemunhou: “Foi aqui que eu reaprendi a viver. Se hoje estou limpo, empregado e sou pai presente, é porque tive a chance que o Guilherme um dia recebeu e decidiu multiplicar.”
Um chamado coletivo
A força do Movimento Brasil Sem Drogas em 2014 mostrou que a sociedade brasileira não estava disposta a assistir passivamente à possível liberação da maconha. Foi um grito coletivo por prevenção, por políticas públicas eficazes e por respeito às famílias que sofrem com a dependência química.
Guilherme Bezerra, emocionado após mais uma audiência lotada em Brasília, resumiu o sentimento de toda a mobilização: “Essa luta não é minha. É de todos que já choraram por alguém perdido para as drogas. É pelos que morreram e pelos que ainda podemos salvar. Enquanto houver juventude em risco, estaremos nas ruas, nas escolas, nos plenários e nas clínicas. Um Brasil sem drogas não é utopia. É urgência. E é possível.”
Francisco deverá ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O conclave para eleger seu sucessor deverá ocorrer entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante
No domingo de Páscoa, o Pontífice apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando sua última mensagem para a Igreja e o mundo.
A saúde do Papa vinha se deteriorando nos últimos anos, com episódios de bronquite e infecções respiratórias.
Francisco deverá ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. O conclave para eleger seu sucessor deverá ocorrer entre 15 e 20 dias após o início da Sede Vacante.
As igrejas no Brasil já celebram missas em homenagem ao pontífice. O Santuário Nacional de Aparecida, localizado no município de Aparecida do Norte (SP), vai realizar seis missas nesta segunda.
O governo brasileiro decretou luto oficial de 7 dias pela morte de Francisco.
Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 1936, foi o primeiro papa latino-americano e jesuíta da história. Eleito em 2013, adotou o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, simbolizando seu compromisso com a simplicidade e os pobres.
Durante seu pontificado, promoveu reformas na Cúria Romana e defendeu causas sociais, como a proteção ambiental e a inclusão de grupos marginalizados.
Milagre na Amazônia
Em outubro de 2024, durante missa na Praça de São Pedro, Francisco proclamou a canonização do padre italiano José Allamano, fundador da congregação dos Missionários da Consolata, por um milagre que teria ocorrido na Amazônia brasileira.
Segundo a organização Consolata América, o milagre ocorreu em 1996, em Roraima, quando um indígena yanomami foi atacado por uma onça e apresentou um grave ferimento na cabeça. Um grupo de missionários teria invocado José Allamano pedindo a recuperação do rapaz, o que se realizou.
Com informações do Vaticano News, CNBB e Agência Brasil
São Paulo: homens comem mais fora e mulheres preferem pedir comida por aplicativo
Dados de pesquisa da Nexus também revelam que para a maioria dos paulistanos o prato feito, o famoso “PF”, é o prato que é a cara de São Paulo
Índice
Uma pesquisa que investigou os hábitos alimentares dos paulistas revelou que os homens comem mais fora de casa do que as mulheres. Elas, por outro lado, pedem comida por aplicativo com mais frequência do que os homens em São Paulo. O resultado compõe uma pesquisa inédita denominada “Sabores de São Paulo”, da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
O levantamento mostrou que 52% dos homens paulistas têm o hábito de almoçar ou jantar fora de casa, enquanto o percentual fica em 42% entre as mulheres. A média geral do estado é de 47%. No que diz respeito a optar pelo delivery, o serviço é mais utilizado por 55% das mulheres e por 48% dos homens.
O diretor de Pesquisa da Nexus, André Jácomo, aponta que o resultado evidencia aspectos sociais, econômicos e também culturais da sociedade, considerando a falta de afinidade dos homens no preparo do alimento, por isso optam por comer em restaurantes. Com relação às mulheres optarem por delivery, Jácomo diz que pode ser pelo acumulo de funções, e pedir por app facilita a rotina desse público.
“Os homens no Brasil, de modo geral, são menos treinados em relação ao preparo da comida, a fazer sua própria comida em casa do que as mulheres, que é uma questão cultural de fato. E o fato das mulheres, em São Paulo, estarem pedindo mais comida por aplicativo, tem a ver com esse conjunto de tarefas que as mulheres acumulam. Casa que acumulam nas suas rotinas em que pedir uma comida por aplicativo acaba sendo uma solução mais rápida para dar conta de uma série de tarefas das suas rotinas”, aponta André Jácomo.
No recorte geográfico do próprio estado de São Paulo, o levantamento também aponta que existem diferenças nos hábitos alimentares entre moradores da capital e do interior. Dessa forma, 54% daqueles que moram na capital costumam comer mais fora, enquanto o percentual fica em 42% entre os moradores do interior. Já na região metropolitana, são 49% os que fazem refeições fora de casa.
Ainda sobre delivery, a média geral de São Paulo é de 52% e chega a 75% entre os jovens de 16 a 24 anos. Assim como comer fora de casa, pedir comida por aplicativo também é um hábito comum para 72% de quem ganha mais de cinco salários mínimos e mais frequente entre moradores da região metropolitana (57%) e da capital paulista (55%), do que do interior (48%).
André avalia que a diferença entre os hábitos de quem mora na capital e no interior tem relação com a dinâmica do cotidiano dos trabalhadores da capital paulista.
“Tem muito a ver com a dinâmica da cidade, tem a ver com o fato de que muitas pessoas acabam tendo que comer fora de casa porque comem perto do trabalho, por conta dos deslocamentos, é uma questão que a pesquisa mostra aqui nos seus resultados”, diz.
A frequência de pedidos de comida em casa também foi analisada pelos pesquisadores da Nexus. Os dados revelam, portanto, que cerca de um terço dos paulistas come fora, sendo 35%, e 31% pede comida em casa de duas a três vezes na semana. Os outros 28% dos moradores de SP usam o delivery uma vez por semana e 20% comem na rua nessa mesma frequência. Além disso, apenas 11% dos paulistas comem fora todos os dias e só 2% pedem comida diariamente.
Qual é o prato que é a cara dos paulistas?
O levantamento investigou, ainda, a relação dos paulistas com as comidas típicas da região. Na hora de responder qual o principal prato que é a cara de São Paulo, 32% dos respondentes elegeram o prato feito, o famoso “PF”. A combinação, entretanto, não significa sempre o mesmo prato, mas uma refeição completa e fácil de encontrar tanto em um estabelecimento simples como em um sofisticado. Geralmente, o PF é composto por arroz, feijão, uma proteína, salada e um acompanhamento. Dessa forma, o prato feito foi escolhido na capital por 38%, no interior de São Paulo por 30% e na região metropolitana por 27% dos paulistas como o principal representante do estado.
O arroz birobiro ficou em segundo lugar, sendo a escolha de 11% dos respondentes. Em seguida, virado à paulista e feijoada empataram na terceira colocação, com 10% cada. Com relação à região, o virado à paulista é a 2ª opção mais popular entre os paulistanos, porém ficou em 3º lugar na região metropolitana e no interior. Já o vice-campeão no interior, o arroz birobiro ficou em 4º lugar nas outras regiões.
Fonte: NEXUS
Entre os outros pratos apontados pelos paulistas estão churrasco grego, que ficou em 4º lugar no interior e 5º na região metropolitana, com 7% dos votos, ocupa apenas a 10ª posição entre os moradores da capital. Já quem vive na cidade de São Paulo considera a pizza a 5ª maior representante do estado, escolha de 8% dos moradores. Na região metropolitana, 6%, e no interior, 5%, a pizza ocupa a 7ª posição.
A pesquisa
A Nexus entrevistou 2.027 cidadãos face-a-face, com idade a partir de 16 anos do estado de São Paulo. A pesquisa foi realizada entre os dias 09 e 12 de março de 2025.
TV 3.0: Ministério das Comunicações recebe primeiros protótipos de antena e de conversor
Aparelhos foram apresentados pela primeira vez no maior evento mundial do setor de radiodifusão
O secretário de Comunicação Social Eletrônica do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, participou, na manhã do último domingo (6), em Las Vegas (EUA), da apresentação dos primeiros protótipos da antena e do conversor da TV 3.0. A demonstração foi conduzida pelo coordenador do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), Raymundo Barros, durante um painel na NAB Show — o maior evento de radiodifusão do mundo.
Ele também abordou uma das principais dúvidas a respeito do tema: o custo desses equipamentos para o telespectador. “Muito se fala em preços elevados, que vai encarecer demais a experiência de ver TV, mas é bom que, aqui, possamos desmistificar tudo isso”, complementou o secretário.
O presidente do Fórum SBTVD, Raymundo Barros, explicou que os custos serão acessíveis e não prejudicarão a experiência do telespectador. “Não pode ser caro no longo prazo — e não vai ser. Os primeiros produtos podem, sim, ter um custo um pouco mais alto no início, mas depois os preços caem rápido com a grande escala. A tendência é que os preços despenquem em um ano”, disse Raymundo.
O Fórum SBTVD é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para desenvolver a TV digital no Brasil. A entidade foi criada em 2006 por meio de decreto presidencial e reúne representantes de empresas e organizações ligadas à radiodifusão.
A exemplo do que ocorreu na migração do sinal de TV analógico para o digital, existe a necessidade inicial de um conversor para usufruir da TV 3.0. A expectativa é que, futuramente, novos televisores já venham de fábrica com suporte a essa nova tecnologia.
Wilson Wellisch afirmou que o governo estuda a possibilidade de entregar os equipamentos gratuitamente para famílias de baixa renda.
TV 3.0
A TV 3.0 é um novo padrão que promete revolucionar a TV aberta, integrando totalmente os canais à internet. Não haverá mais canais numéricos, mas apenas aplicativos nos aparelhos. A migração será gradativa, com início nas grandes capitais.
A navegação será mais interativa e inovadora, feita exclusivamente por aplicativos, substituindo o sistema tradicional por números. Isso permitirá que os canais ofereçam, além do conteúdo transmitido ao vivo, opções sob demanda — como séries, jogos ou programas diversos.
A qualidade da imagem irá, no mínimo, quadruplicar. O padrão atual, com TV digital em Full HD, passará para 4K ou até 8K. Haverá mais informações por espaço, o que aprimora cor, nitidez e contraste, com o uso de tecnologias como HDR (High Dynamic Range). Com som imersivo, o telespectador terá a sensação de estar dentro do ambiente exibido na tela.
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