Brasil registra recorde histórico com mais de 2,1 milhões de passageiros em voos internacionais
O Ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destaca que número é resultado de ações adotadas pelos setores público e privado, como o lançamento do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati)
Em novembro, a aviação civil brasileira bateu um recorde histórico, transportando mais de 2,1 milhões de passageiros em voos internacionais. O número representa um salto de 14% em relação ao mesmo período de 2023, quando 1,8 milhão de pessoas viajaram para o exterior. O indicador continua em alta pelo 44º mês consecutivo. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Portos e Aeroportos.
Apenas em novembro, cerca de 12 mil voos internacionais foram realizados. No acumulado do ano, o indicador cresceu 15,6%.
Para o ministro da Pasta, Silvio Costa Filho, 2024 foi um ano de “sucesso” na aviação internacional, com previsão de ser o melhor da indústria do turismo. Ele atribui os bons resultados às ações adotadas pelos setores público e privado, como o lançamento do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), que promove o Brasil no mercado internacional.
“A cada quatro turistas que chegam no Brasil, é um emprego que é gerado. Essa é uma indústria limpa, que gera empregos rápidos que, de fato, consolida ainda mais o fortalecimento da economia brasileira”, afirma.
Entre janeiro e novembro deste ano, mais de 22,6 milhões de pessoas saíram dos aeroportos brasileiros rumo ao exterior — um aumento de 17% em comparação ao mesmo período do ano passado. Chile, Portugal, Argentina e Estados Unidos são os destinos preferidos de quem viaja tendo o Brasil como origem e/ou destino.
A escritora e missionária Jully Macêdo, 30, mora em Brasília (DF). Ela relembra que realizou a primeira viagem internacional em abril deste ano, rumo à Inglaterra, para apoiar uma das bases do movimento internacional Jovens Com Uma Missão (Jocum).
“Minha experiência foi boa. Mesmo na classe econômica, notei um grande cuidado, especialmente com a alimentação. Recebemos duas refeições completas, que foram satisfatórias. Eu realmente me senti segura para viajar. Foi uma viagem longa, de 11 horas até a Alemanha, e da Alemanha para a Inglaterra”, explica.
Jully Macêdo retornou ao Brasil em setembro e já planeja realizar mais duas viagens internacionais: uma para os Estados Unidos e outra para a República da Coreia.
Voos domésticos
Os voos internacionais estão em alta, mas os domésticos não ficam atrás. Em novembro, 8 milhões de passageiros voaram pelo Brasil, um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2023, o melhor valor para o mês desde 2019. A oferta de voos também cresceu (6,5%), com destaque para as regiões Sudeste e Nordeste.
De janeiro a novembro, a aviação brasileira civil já transportou mais de 107 milhões de pessoas — considerando a movimentação total. Esse é o maior volume registrado para o período desde que a série histórica começou, em 2000. Os dados são do painel de Demanda e Oferta, divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil.
Além disso, dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) mostram que o Brasil é um destaque no cenário global. Em termos de voos domésticos, é o quarto maior do mundo — atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão —, representando 12% do total mundial. O país apresentou crescimento de 6,6% nas operações nacionais, valor maior que a média global, que ficou em 5,6%.
Domingos e feriados sem comércio: portaria fere liberdade econômica, alegam entidades do setor
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil classifica como retrocesso a Portaria nº 3.665/2023 e defende sua revogação imediata para proteger empregos, pequenos negócios e o direito de empreender
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Uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego prestes a entrar em vigor pode alterar profundamente as relações comerciais no Brasil e afetar diretamente o setor que mais gera empregos no país: o comércio e serviços. A Portaria nº 3.665/2023 impõe que o funcionamento de estabelecimentos aos domingos e feriados dependa de negociação coletiva com sindicatos, retirando a autorização automática para abrir nesses dias.
A medida preocupa empresários e trabalhadores, que veem nos fins de semana e feriados os períodos de maior movimento e faturamento. Para o setor produtivo, isso pode representar aumento dos custos trabalhistas, perda de competitividade e impacto direto na geração de empregos, especialmente entre pequenos e médios negócios que dependem do fluxo constante de clientes.
A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) reagiu com veemência à imposição da Portaria e exige a revogação imediata da norma. O presidente da entidade, Alfredo Cotait, a classifica como um retrocesso que engessa a atividade comercial e interfere na autonomia de milhões de trabalhadores que buscam ampliar sua renda atuando em horários alternativos.
“É inadmissível que se imponha uma norma que restringe a liberdade de empreender em um país com mais de 5,7 milhões de microempreendedores individuais”, afirma Cotait. Ele também critica o impacto sobre o consumidor, que terá menos opções de compra nos dias em que mais pode consumir.
Segundo a especialista em direito e processo do trabalho, Priscilla Pacheco, o setor produtivo tem demonstrado muita preocupação com os impactos econômicos e operacionais dessa medida, especialmente para o comércio, o varejo e o setor de serviços.
“A crítica principal é que exigir negociação coletiva em todos os casos pode gerar insegurança jurídica, aumentar os custos e até inviabilizar o funcionamento em datas estratégicas, como feriados prolongados e datas comemorativas. Outro ponto recorrente é que a regra desconsidera as diferenças regionais e a diversidade das negociações no país.
A especialista ainda destaca que em muitas regiões os sindicatos estão pouco atuantes ou não estão nem abertos à negociação, “o que pode paralisar empresas, mesmo quando há interesse em manter as atividades.”
Três adiamentos seguidos
A portaria, já adiada três vezes, está prevista para entrar em vigor no dia 1º de julho. Uma nova reunião entre representantes do governo e entidades empresariais será realizada na terça-feira, 3 de junho, no Ministério do Trabalho. A CACB, que representa 2.300 associações comerciais em todo o país, reforça que não se opõe ao diálogo, mas exige que qualquer regulação respeite a liberdade econômica e a realidade empresarial brasileira.
“O Brasil precisa de mais liberdade para empreender, não de novos entraves para quem trabalha”, conclui Cotait.
O índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou a última sessão em queda de 1,09%, aos 137.027 pontos.
O resultado veio em meio ao receio global diante das incertezas acerca da guerra comercial. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a aumentar o tom sobre a China, afirmando que o país estaria “violando” o acordo.
No pregão, as ações com maiores altas foram da MELIUZ, com recuo de 9,07%; enquanto as maiores altas ficaram por conta de ações da DOTZ, com elevação de 17,07%.
O volume total negociado na B3 foi de R$ 32 bilhões.
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