A indústria da construção registrou, em agosto de 2025, o desempenho mais fraco para o mês em nove anos, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada, nesta terça-feira (23), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O índice de evolução do nível de atividade caiu 3,5 pontos em relação a julho, chegando a 46 pontos – o menor patamar para agosto desde 2016. O recuo atingiu também o emprego, com o indicador passando de 50,1 para 46,3 pontos, e a Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que caiu de 68% para 66%, nível mais baixo em três anos.
“A elevação da taxa de juros vem trazendo, progressivamente, maiores problemas para a indústria da construção, um encarecimento do investimento, mas principalmente uma perda de ritmo na demanda, por conta da elevação dos custos”, avaliou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Segundo o especialista, o quadro acende um sinal de alerta, já que os empresários relatam queda em indicadores que, historicamente, registram crescimento no período.
Sondagem Indústria da Construção: reação do setor
A diretora de Operações da empresa goiana Trindade Soluções Construtivas, Daniele Trindade, vai viajar, em outubro, para um dos maiores polos de tecnologia e inovação da construção civil, em Guangzhou, na China, com o objetivo de desenvolver ideias para o mercado nacional. Envolvida diretamente com o cenário atual do setor, ela confirma que a retração na indústria da construção civil já impacta não apenas o ritmo das obras, mas também os investimentos em inovação no segmento.
Segundo ela, o reflexo desse movimento pode ser observado até em grandes eventos especializados. “Nitidamente tem-se, de fato, essa retração no modelo industrial para a construção civil. Isso, inclusive, reflete no cancelamento que houve recentemente de um dos maiores eventos de tecnologia e inovação para a Construção Civil do estado de Goiás, que é a Construtec. Eles cancelaram e passaram para o ano que vem, pela baixa adesão de empresários em expor as suas tecnologias para o mercado”, pontuou Daniele.
Mesmo com canteiros de obras ativos em vários municípios, a empresária alerta que a falta de investimento em tecnologia compromete a qualidade e a produtividade das entregas. “A gente vê canteiros de obra aí em todas as esquinas. Mas, será que esses canteiros estão fazendo serviço de alta performance? Está tendo mão de obra? Essas são as dúvidas quando a gente fala de tecnologia e inovação para a Construção Civil. Porque estão acontecendo obras, mas poderiam ser muito melhores, muito mais qualitativas, evoluir de uma maneira a servir a um cronograma assertivo de maneira muito mais cogente, o que não está acontecendo”, completa.
Sondagem Indústria da Construção: indicadores do setor
Apesar do cenário negativo, houve leve melhora na confiança. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção avançou 1,2 ponto, em setembro, para 47 pontos. Embora ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança, o movimento indica menor pessimismo do que em agosto. A melhora foi puxada pelas expectativas em relação ao desempenho das próprias empresas nos próximos seis meses.
Já os indicadores de expectativa ligados à atividade apresentaram piora. O índice de compras de matérias-primas caiu para 49,4 pontos, enquanto o de novos empreendimentos recuou para 49,2 pontos, ambos em campo negativo. As projeções para número de empregados e nível de atividade também diminuíram, mostrando moderação no otimismo para os próximos meses.
Mesmo nesse ambiente adverso, a intenção de investir mostrou pequena recuperação, subindo para 41,1 pontos em setembro, após três quedas consecutivas. O avanço, no entanto, recupera apenas parte das perdas acumuladas no período.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção consultou 298 empresas, entre os dias 1º e 10 de setembro, sendo 122 pequenas, 118 médias e 58 grandes.
Agronegócio: Mato Grosso terá escritório da ApexBrasil para impulsionar exportações
Parceria entre ApexBrasil e Famato prevê instalação da unidade para apoiar empresas do estado na conquista de novos mercados e atração de investimentos.
O documento foi assinado pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e pelo presidente da Famato, Vilmondes Tomain, com o ministro Fávaro como testemunha.
A instalação do escritório da ApexBrasil na capital deverá fortalecer a internacionalização da produção mato-grossense, apoiar empresas locais na abertura de novos mercados, atrair investimentos estratégicos e fomentar a diversificação econômica do estado, um dos mais representativos do agronegócio nacional.
Na ocasião, o ministro Carlos Fávaro destacou que a expansão de mercados para produtos agropecuários brasileiros é fruto da parceria entre governo e setor privado. “Não é coincidência termos abertos 437 novos mercados. Tínhamos 29 adidos, agora são 40. Essa é a relação de buscar negócios, de trabalhar junto, ir às feiras internacionais, aproximar o empresário do comprador e gerar oportunidades comerciais. Com esse novo escritório, a Apex vai fazer mais negócios. Quem vai ganhar é a população brasileira, em especial os mato-grossenses.”
Fávaro reforçou que a presença da ApexBrasil em Mato Grosso ampliará as oportunidades para o estado. “É a oportunidade de oferecer aos mato-grossenses uma agência que tem se mostrado um grande sucesso em nosso governo, aproximando o Brasil do mundo e fortalecendo tanto a agropecuária quanto a indústria local, a partir da sede da Famato”, concluiu.
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, reforçou a importância estratégica do estado: “Até o final do ano, estaremos funcionando em Mato Grosso, fazendo com que o estado receba investimentos do mundo inteiro. A Apex trabalha com atração de investimentos e na promoção dos produtos do agronegócio e de outros setores da economia mato-grossense no mercado internacional.”
Para Vilmondes Tomain, presidente da Famato, a presença da Apex em Cuiabá vai aumentar a competitividade do estado. “Teremos melhores condições para discutir estratégias de exportação, atrair investimentos e gerar mais oportunidades para Mato Grosso”, afirmou.
Mato Grosso: destaque no agronegócio brasileiro
Segundo dados da ApexBrasil, Mato Grosso mantém há mais de 20 anos uma balança comercial superavitária, consolidando-se como um dos maiores produtores agrícolas do país. Em 2024, as exportações do estado somaram US$ 27,6 bilhões, sendo soja e derivados, milho e algodão responsáveis por 83% desse total. Ao todo, 251 empresas mato-grossenses participaram do comércio exterior no período.
Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações de Mato Grosso totalizaram US$ 19,75 bilhões, com destaque para:
Bolsa Família: pagamentos começam nesta quarta-feira (24)
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem
A CAIXA inicia nesta quarta-feira (24) o pagamento do Bolsa Família referente ao mês de setembro para os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 6.
O pagamento é realizado preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem. Com a conta CAIXA Tem, os beneficiários podem pagar contas e fazer transferências diretamente pelo aplicativo no celular.
O benefício também pode ser movimentado com o cartão de débito da conta em comércios, Unidades Lotéricas, Correspondentes CAIXA Aqui, terminais de autoatendimento e Agências da CAIXA. Além disso, é possível realizar saques sem cartão nos terminais de autoatendimento e Unidades Lotéricas, utilizando a identificação biométrica previamente cadastrada em uma agência da CAIXA.
No aplicativo Bolsa Família é possível acompanhar as informações do benefício, além de receber atualizações e novidades sobre o Programa.
Para baixar os aplicativos CAIXA Tem e Bolsa Família, basta acessar a loja de aplicativos do seu smartphone. É gratuito.
SAF: Petrobras produz querosene renovável em escala industrial
Novo combustível sustentável será submetido à ANP e pode impulsionar a transição energética da aviação. Para Ministério dos Portos e Aeroportos, produção nacional do combustível se conecta às ações do governo para descarbonizar o transporte aéreo e ampliar a competitividade do setor
Índice
A Petrobras produziu, pela primeira vez em escala industrial, querosene de aviação com conteúdo renovável. O marco ocorreu em setembro, na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP).
O novo combustível, conhecido como SAF (sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel – combustível sustentável de aviação), tem potencial para reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
O SAF vem no contexto do compromisso do Governo Federal com a transição energética, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). É o que ressalta a diretora de Sustentabilidade do ministério, Larissa Amorim: “O Ministério de Portos e Aeroportos está engajado em acelerar a transição energética, garantindo segurança regulatória, previsibilidade e incentivos para que o uso do SAF ganhe escala. Além disso, a gente reforça nossa atuação institucional por meios de iniciativa como FOTEA [Fórum de Transição Energética na Aviação Civil], grupos de trabalho a projetos pilotos, investimentos e pesquisa, certificação, para assegurar que o Brasil aproveite suas vantagens comparativas, como abundância de matérias-primas renováveis e bases tecnológicas, e se posicione como protagonista global na aviação sustentável”, afirma.
Combustível do presente
O SAF é produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais, resíduos gordurosos e etanol. O combustível pode ser utilizado nas aeronaves sem necessidade de adaptação de motores ou infraestrutura, pois é quimicamente compatível com o querosene de aviação fóssil (QAV).
No âmbito internacional, o SAF está alinhado às metas climáticas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), especialmente ao CORSIA (Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional), que prevê emissões líquidas zero até 2050.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, aponta a importância do uso desse combustível.
“Representa um passo decisivo para a descarbonização da aviação e para o fortalecimento da competitividade do Brasil no cenário internacional. Nosso papel é criar as condições para que esse combustível sustentável ganhe escala, com segurança regulatória e previsibilidade.”
Luana Amorim ressalta o potencial da iniciativa na preservação do meio ambiente. “Esse é um compromisso que a gente assume, avançar com equilíbrio entre desenvolvimento econômico, inovação e competitividade internacional, buscando sempre a preservação ambiental. O futuro é sustentável e é brasileiro.”
Produção e utilização no Brasil
De acordo com o gerente geral da Revap, Alexandre Coelho, a Petrobras deve concluir o relatório técnico e encaminhá-lo à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) até o fim de setembro.
Em seguida, a companhia contratará uma certificadora para comprovar a redução das emissões de carbono do produto. Com a aprovação regulatória e a certificação, o combustível poderá ser comercializado.
Segundo o MPor, a adoção do SAF representa uma mudança estrutural na aviação brasileira, com potencial de reduzir emissões de CO₂ em todo o ciclo de vida do combustível.
Além dos benefícios ambientais, a produção estimula empregos em novas cadeias produtivas ligadas à bioenergia, à indústria química e ao agronegócio, gerando também oportunidades para pesquisa, inovação e atração de investimentos de empresas aéreas e refinarias.
Além dos benefícios ambientais, a produção do SAF no país também estimula a geração de empregos em novas cadeias produtivas ligadas à bioenergia, à indústria química e ao agronegócio, com estímulo à pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Resultados inéditos
A Petrobras, com sua produção experimental de SAF, obteve resultados inéditos em suas refinarias, na Revap. Alexandre Coelho destaca o papel da iniciativa para o país, tendo em vista o trabalho da refinaria no país. “A consolidação desta rota tecnológica é especialmente relevante considerando que a Revap é responsável por aproximadamente 50% de todo o querosene de aviação produzido no país. A refinaria possui interligação direta com o Aeroporto Internacional de Guarulhos, o que confere grande competitividade logística ao produto.”
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