HISTÓRIAS EXPORTADORAS: “A Kaê vai fazer o melhor chocolate do mundo”, sonha empreendedor
Jorge Klotz aposta em ingredientes de altíssima qualidade típicos do Brasil para conquistar mercados no exterior; primeiro passo foi dado com apoio da ApexBrasil
As exportações brasileiras de chocolate alcançaram US$ 167,4 milhões no ano passado, o melhor resultado obtido pelo setor nos últimos 20 anos, aponta a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
Entre 2013 e 2023, as exportações de chocolate registraram crescimento médio anual de 3,65%, o triplo da alta observada na década anterior.
A ascensão do chocolate brasileiro ocorre em meio a um mercado em que os principais expoentes, como Bélgica e Suíça, estão consolidados junto aos compradores internacionais. Conquistar clientes no exterior, portanto, exige que os empreendedores nacionais sejam criativos e saibam a quem recorrer na hora de se inserir no comércio para além das fronteiras.
O empreendedor Jorge Klotz, por exemplo, conta que o processo de internacionalização da empresa dele foi facilitado após ele conhecer a ApexBrasil.
A agência, que desenvolve uma série de programas para capacitar micro e pequenas empresas a venderem seus produtos para outros países, foi importante para trazer credibilidade à empresa de Klotz, a Kaê Chocolates.
Ele afirma que isso é fundamental para conquistar espaço em um mercado tão competitivo a nível mundial, como é o mercado do chocolate.
“A ApexBrasil ajuda muito, porque ainda existe uma grande desconfiança. As pessoas ainda ficam um pouco incrédulas quando eu falo que o chocolate do Brasil é um dos melhores do mundo. Muitas vezes, o chocolate que eles fazem na Bélgica ou na Suíça é com cacau do Brasil. Então, dificilmente você consegue exportar para esses países, quebrar esses paradigmas, sem a ajuda de um parceiro como a ApexBrasil, por exemplo”, diz.
Depois de participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex) da Agência, Klotz foi capaz de ajustar a empresa às exigências do mercado internacional e, assim, conseguiu fechar as primeiras vendas de chocolate para consumidores da Rússia e do Japão.
Criatividade
O empreendedor também aposta em ingredientes típicos do Brasil para ganhar mercados em outras partes do mundo. O chocolate 64% pode vir acompanhado de castanha, cupuaçu ou licuri – fruto característico da Caatinga. Já o chocolate 55% vem acompanhado do cumaru, a baunilha brasileira que vem da Amazônia.
O objetivo da Kaê Chocolates é tornar o chocolate brasileiro tão apreciado em outros países quanto os famosos chocolates suíços e belgas. Klotz diz que a empresa não vai parar até conquistar o mundo.
“A Kaê vai fazer o melhor chocolate do mundo. O foco da Kaê sempre foi fazer o melhor chocolate possível, sem medir esforços para isso, nem medir custos. Então, por exemplo, se eu acho um cacau de melhor qualidade que custa o dobro do preço, eu vou comprar. Não tem problema. A gente coloca esse preço no chocolate, a gente trabalha isso”, diz.
Peiex
O Peiex tem como objetivo qualificar os empreendedores brasileiros para inserirem suas empresas no comércio internacional. O programa é implementado em todas as regiões do país por meio de parcerias da ApexBrasil com instituições de ensino ou federações de indústria.
Eles constituem os chamados núcleos operacionais do Peiex. Por meio do núcleo operacional, o empreendedor recebe um diagnóstico sobre o seu negócio e um plano de exportação personalizado, com etapas a serem adotadas até que ele se torne apto às exportações. A participação é gratuita.
Desde 2021 até 2023, 827 das 5.334 companhias que passaram pelas mãos do programa já começaram a exportar, o que lhes rendeu, ao todo, US$ 3,16 bilhões de dólares.
Para mais informações sobre o Peiex, clique aqui. Se quiser saber mais sobre outros programas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, acesse www.apexbrasil.com.br.
Indústria desacelera investimentos e reduz expectativas, aponta CNI
Além da menor intenção de investir, os empresários também enxergam o futuro com menos otimismo
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A indústria brasileira começa o segundo trimestre com o freio puxado. A intenção de investimento dos empresários do setor caiu para 56,1 pontos em maio — o menor patamar desde novembro de 2023 — segundo a Sondagem Industrial divulgada na última semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador já acumula queda de 2,7 pontos em 2025, após ter atingido o pico em dezembro do ano passado.
Além da menor intenção de investir, os empresários também enxergam o futuro com menos otimismo. Todos os índices de expectativa para os próximos seis meses apresentaram recuo: demanda (-1,3 ponto), compra de matérias-primas (-1 ponto), exportações (-0,5 ponto) e número de empregados (-0,4 ponto). Ainda assim, os indicadores seguem acima da linha dos 50 pontos — o que significa que, apesar do freio, o cenário projetado ainda é de crescimento, porém mais modesto.
Produção e empregos recuam em abril
O ritmo da indústria já começou a desacelerar. Em abril, o índice de evolução da produção ficou em 47,8 pontos, indicando retração em relação a março. A queda, segundo a CNI, é comum para o mês, mas veio após um março com desempenho acima do esperado. Mas para o mês de maio, o cenário já melhora, como avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
“Em maio, os empresários mostram otimismo, perspectivas de aumento, tanto de demanda, quanto em quantidade exportada, intenção de contratar mais e de aumentar a compra de matérias-primas. Contudo, na passagem de abril para maio, esse otimismo se tornou um pouco moderado, essa sensação e intenção de comprar mais contratar mais pessoal nos próximos seis meses, se tornou mais moderada e menos disseminada nos empresários na passagem de abril para maio.”
O número de postos de trabalho também caiu, com o indicador marcando 49,2 pontos. Apesar de estarem abaixo dos 50 pontos — sinal de retração — os dois índices ainda superam a média histórica para o mês de abril.
Capacidade instalada e estoques em baixa
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu em 69%, um ponto percentual abaixo do nível registrado em abril de 2024. Já os estoques de produtos acabados também encolheram: o índice fechou abril em 49,5 pontos, abaixo do observado em março.
O dado que compara o estoque efetivo com o planejado subiu levemente, de 48,9 para 49,3 pontos. Isso indica uma aproximação entre o que as empresas esperavam e o que de fato está estocado — reflexo de uma demanda que, embora ainda presente, vem perdendo fôlego.
Para esta edição da Sondagem Industrial, a CNI ouviu 1.492 empresas entre os dias 5 e 14 de maio de 2025, sendo 597 de pequeno porte, 520 médias e 375 grandes.
Comércio reage a novas normas sobre trabalho em domingos e feriados
A partir de 1° de julho, entra em vigor Portaria que prevê que o funcionamento das atividades nessas datas deverá estar previsto em Convenção Coletiva de Trabalho
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As novas regras sobre trabalho aos domingos e feriados no setor de comércio entram em vigor no dia 1° de julho. A determinação consta na Portaria nº 3.665/2023, do Ministério do Trabalho e Emprego.
A medida prevê que o funcionamento das atividades nessas datas deverá estar previsto em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A Pasta não incluiu feiras livres nessa proposta.
Entidades ligadas ao setor reagiram à ideia, como é o caso da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS). O presidente da instituição, Leonardo Severini, defendeu a necessidade de revisão da medida, levando em consideração a importância do diálogo entre as partes e a realidade das empresas do Brasil.
Os representantes da UNECS destacaram que, caso a portaria seja mantida nos moldes atuais, pode causar prejuízos significativos à atividade comercial, “afetando empregos e a geração de renda em todo o país.”
Ao Brasil 61, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) afirmou que a alteração “é de grande magnitude”, e que as consequências são imprevisíveis, já que a maior parte dessas atividades é considerada essencial. Diante disso, a entidade tem defendido que a medida pode tornar esses acordos burocráticos, o que atrasaria decisões consideradas importantes.
“A regulamentação do trabalho em feriados é um dos aspectos mais complexos do processo negocial. Caso a negociação se estenda por tempo excessivo ou, eventualmente, as partes não alcancem um acordo, os prejuízos — não apenas para o comércio, mas também para a população em geral — serão significativos”, destacou.
“Isso não significa que a norma coletiva não deva estabelecer as condições para o trabalho em feriados. O que não se pode admitir é que a autorização para o trabalho em feriados esteja condicionada ao êxito da negociação. Em um processo negocial, não se pode correr o risco de que uma das partes fique refém da outra, pois isso invariavelmente gera impasses prejudiciais a todos os envolvidos”, complementa a entidade.
Legislação atual não proíbe trabalho no comércio aos domingos e feriados
Vale destacar que legislação atual não proíbe o trabalho no comércio aos domingos e feriados, já que essa possibilidade está regulamentada em lei existente há 25 anos. No entanto, a portaria do governo modifica uma norma anterior, que permitia o trabalho nesses dias por meio de simples acordo entre patrões e empregados.
A norma prevista para valer a partir de julho estabelece que é necessário que esse acordo seja firmado por meio de convenções coletivas. Isso significa que, de um lado, deve estar o sindicato patronal, e, de outro, o dos trabalhadores.
Na avaliação do mestre em direito das relações sociais e trabalhistas, Washington Barbosa, essa norma só torna todo o processo mais burocrático e impede a evolução dos acordos entre empregadores e a categoria. “Não tem que ter essa burocracia de ter que fazer um dissídio coletivo, fazer uma convenção, um acordo coletivo para depois, somente depois, poder trabalhar aos finais de semana”, destaca.
“Imagina hoje, com praticamente tudo funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Imagina o impacto que vai ser isso na economia. Não tem nem tempo hábil de se fazer uma convenção, um acordo coletivo. E ainda, para que essa necessidade, se nós estamos trabalhando cada vez mais com a autonomia dos empregados e a validação das negociações individuais? Questiona, o especialista.
A medida determina, ainda, que, os patrões serão obrigados a respeitar as legislações municipais acerca do tema, o que não era obrigatório anteriormente.
Reclamações
O atual governo tentou fazer com que a norma passasse a vigorar ainda em 2023. No entanto, a medida foi adiada várias vezes devido à reclamação dos empregadores, que se diziam insatisfeitos com a proposta. Além do setor comercial, que considerou a nova regra um retrocesso, houve uma pressão significativa por parte dos parlamentares ligados ao setor.
Preço do café começa a segunda-feira (26) em queda
O café robusta, por exemplo, apresentou redução de 1,27% no valor e a saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, é vendida a R$ 1.485,32
A saca de 60 quilos do café arábica começou esta segunda-feira (26) negociada a R$ 2.418,36, após queda de 1,13% no preço. O café robusta, por sua vez, apresentou redução de 1,27% no valor e a saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, é vendida a R$ 1.485,32 para retirada nas imediações da região produtora de Colatina e São Gabriel da Palha, no estado do Espírito Santo.
O açúcar cristal, em São Paulo, sofreu alta de 0,83% no valor e a mercadoria é negociada a R$ 134,30. Já na cidade de Santos, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos, subiu 1%, com o produto vendido a R$ 134,00.
A saca de 60 kg do milho, por sua vez, apresentou redução de 0,13% no preço e é negociada a R$ 71,13 para a região de referência de Campinas (SP).
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