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Economia

Regra sobre trabalho no comércio aos domingos e feriados entra em vigor em julho

Especialista avalia que norma só torna processo mais burocrático e impede evolução de acordos entre empregadores e trabalhadores da categoria

Regra sobre trabalho no comércio aos domingos e feriados entra em vigor em julho

A nova regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego que muda o expediente aos domingos e feriados no setor de comércio entrará em vigor em 1° de julho. A determinação consta na Portaria nº 3.665/2023.

O principal ponto da medida diz respeito à previsão em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para que diversas atividades do setor possam funcionar nesses dias, com exceção das feiras livres. 

Vale destacar que legislação atual não proíbe o trabalho no comércio aos domingos e feriados, já que essa possibilidade está regulamentada em lei existente há 25 anos. No entanto, a portaria do governo modifica uma norma anterior, que permitia o trabalho nesses dias por meio de simples acordo entre patrões e empregados.

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A norma prevista para valer a partir de julho estabelece que é necessário que esse acordo seja firmado por meio de convenções coletivas. Isso significa que, de um lado, deve estar o sindicato patronal, e, de outro, o dos trabalhadores. 

Na avaliação do mestre em direito das relações sociais e trabalhistas, Washington Barbosa, essa norma só torna todo o processo mais burocrático e impede a evolução dos acordos entre empregadores e a categoria. “Não tem que ter essa burocracia de ter que fazer um dissídio coletivo, fazer uma convenção, um acordo coletivo para depois, somente depois, poder trabalhar aos finais de semana”, destaca. 

“Imagina hoje, com praticamente tudo funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Imagina o impacto que vai ser isso na economia. Não tem nem tempo hábil de se fazer uma convenção, um acordo coletivo. E ainda, para que essa necessidade, se nós estamos trabalhando cada vez mais com a autonomia dos empregados e a validação das negociações individuais? Questiona, o especialista. 

A medida determina, ainda, que, os patrões serão obrigados a respeitar as legislações municipais acerca do tema, o que não era obrigatório anteriormente.

Reclamações

O atual governo tentou fazer com que a norma passasse a vigorar ainda em 2023. No entanto, a medida foi adiada várias vezes devido à reclamação dos empregadores, que se diziam insatisfeitos com a proposta. Além do setor comercial, que considerou a nova regra um retrocesso, houve uma pressão significativa por parte dos parlamentares ligados ao setor.
 

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Co-fundadora de Fintech Brasileira e atual Diretora de Operações de Fintech Norte-Americana nos conta como trabalhar em empresas globais trouxe conhecimento para criação de soluções de pagamento instantâneos entre países

Co-fundadora de Fintech Brasileira e atual Diretora de Operações de Fintech Norte-Americana nos conta como trabalhar em empresas globais trouxe conhecimento para criação de soluções de pagamento instantâneos entre países

Com uma carreira sólida e marcada por inovação, Eginara Nery é um dos nomes que vem ganhando destaque no cenário global de fintechs. Com mais de 10 anos de experiência no mercado de pagamentos, ela já percorreu um trajeto que vai desde a concepção de startups até o almejado caminho do IPO — um percurso que poucos profissionais têm a oportunidade (e a competência) de trilhar.

Hoje, como Diretora de Operações em uma fintech norte-americana, Eginara continua movida por um propósito claro: simplificar transações financeiras em escala global.

Sua trajetória inclui passagens estratégicas por empresas brasileiras e internacionais, o que lhe conferiu uma visão privilegiada sobre as dores e necessidades do sistema financeiro moderno, especialmente no que diz respeito à interoperabilidade entre países. “Trabalhar em ambientes multiculturais e acompanhar o ciclo completo de empresas — da fundação até a abertura de capital — me deu não só uma visão técnica, mas também estratégica.

Entendi como a infraestrutura financeira ainda é fragmentada e lenta quando se trata de transações entre países. Foi aí que vi uma oportunidade real de transformação”, conta Eginara.

A partir dessa vivência, ela idealizou e liderou o desenvolvimento de um sistema inovador de pagamentos instantâneos cross-border, que permite a execução de transações internacionais usando tanto moedas FIAT quanto stablecoins.

A proposta não é apenas tecnológica, mas também prática: permitir que empresas e pessoas enviem e recebam dinheiro entre diferentes países com a mesma agilidade e segurança que se espera de uma transferência local.

O sistema desenvolvido por Eginara elimina intermediários tradicionais, reduz taxas e acelera o tempo de liquidação de pagamentos. Utilizando uma arquitetura híbrida, que integra sistemas bancários tradicionais a redes blockchain, a solução responde a um desafio real do setor: como tornar os pagamentos globais tão simples quanto um PIX? “A experiência em empresas que operam em múltiplos mercados me ensinou que o segredo está na combinação de compliance local com inovação global.

Não adianta apenas ter a tecnologia — é preciso entender a regulação, os hábitos de consumo e os desafios logísticos de cada país envolvido”, explica.

Eginara também ressalta a importância da inclusão financeira como vetor de inovação. “As stablecoins nos permitem criar soluções mais acessíveis, especialmente para regiões onde o sistema bancário é pouco eficiente ou inexistente”.

Isso abre portas para novos negócios, colaborações internacionais e oportunidades reais de crescimento para pequenas e médias empresas. ”O sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido por Eginara combina tecnologia de ponta com infraestrutura financeira robusta.

A operação envolve desde o investimento em liquidez até parcerias com MSBs (Money Services Businesses) norte-americanas para a aquisição de stablecoins, além de integrar provedores de moedas digitais em diferentes regiões do mundo. Com essa estrutura, o processo de on-ramp e off-ramp — ou seja, a conversão entre moedas tradicionais e digitais — ocorre de forma ágil e segura, permitindo que transações entre continentes sejam concluídas em até 30 minutos, desde a criação do pagamento até a análise de compliance e liberação do crédito ao beneficiário.

Para Eginara, a transformação digital do setor é inevitável. “Empresas que não se adaptarem ao ecossistema das moedas digitais perderão relevância em menos de três anos”, alerta.Com espírito empreendedor e foco em resultados escaláveis, Eginara Nery segue como um exemplo de liderança no universo das fintechs.

A brasileira que ja viveu no Uruguay, Canadá e Estados Unidos mostra como sua história é uma prova de que a combinação entre conhecimento técnico, vivência internacional e propósito bem definido pode gerar soluções capazes de transformar a forma como o mundo movimenta dinheiro.

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Economia

Boi gordo em alta, a R$ 313,80

O quilo do frango congelado, estável, é negociado a R$ 8,73

Boi gordo em alta, a R$ 313,80

Nesta terça-feira (13) o boi gordo está cotado a R$ 313,80 em São Paulo, em alta de 1,49%.

Os quilos dos frangos congelado e resfriado mantiveram estabilidade. O congelado vale R$ 8,73 e o resfriado R$ 8,74.

A carcaça suína especial, estável, custa R$ 12,95. O quilo do suíno vivo também se manteve estável em Minas Gerais, custando R$ 8,53. No Paraná, em queda, vale R$ 8,17 e em Santa Catarina, também caindo, custa R$ 8,11. 

Os valores são do Cepea. 

 

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Soja em alta no Paraná

Grão é cotado a R$ 128,78

Soja em alta no Paraná

A saca de 60 quilos de soja custa R$ 128,78 nesta terça-feira (13), em alta de 0,60% no interior do Paraná. No litoral do estado, a commodity segue a mesma tendência e sobe 0,67%. Hoje, a saca é negociada a R$ 133,42 em Paranaguá. 

O trigo, no Paraná, teve queda de 0,75% e a tonelada custa R$ 1.551,43.

No Rio Grande do Sul, também em baixa, custa R$ 1.431,17/tonelada. 

Os valores são do Cepea.

 

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